Sinduscon do RS quer tratamento igual ao que o governo concede ao MST em Charqueadas

Foi uma denúncia e um desabafo e tanto, a conversa que teve o Presidente do Sinduscon, Paulo Garcia, com o jornalista Túlio Milman, de Zero Hora, nesta sexta-feira. O que disse o engenheiro Paulo Garcia, que acaba de assumir novo mandato:

1) O governo estadual resolveu assentar gente do MST nos 300 hectares da Colônia Penal de Charqueadas, sem ter providenciado Estudos e Relatório de Impacto Ambiental e também sem ter obtido Licença de Instalação, exigências burocráticas sem as quais o setor da construção civil não consegue plantar uma pedra no chão. 

2) Fepam (Estado), Smam e Smov (municipais) não falaram sobre o loteamento, embora em Porto Alegre infernizem a vida das empresas, demorando meses e meses para conceder qualquer licença. O Sinduscon coloca ainda outras duas questões cruciais: 

1) Onde está a Procuradoria Ambiental do Ministério Público Estadual? 

2) O que foi feito da Assembleia Legislativa, que não aprovou projeto algum de privatização da Colônia Agrícola de Charqueadas. São perguntas corajosas que poderiam ser encampadas por outras entidades da sociedade civil organizada, como OAB, Fiergs, Federasul, Fecomércio e FCDL, interessadas em não permitir que a ira de Zeus abata-se sobre o Sinduscon. O engenheiro Paulo Garcia também poderia chamar à lide também os atentos Ministério Público do Trabalho e DRT, que se transformaram em xerifes implacáveis do pessoal que quer construir em Porto Alegre.