PTB, tentando salvar a cara, obriga governo a recuo no caso do Pacotarso

O PTB acabou virando protagonista na novela do Pacotarso, exatamente quando o último capítulo delineava contornos de final previsto, ao exigir e conseguir que o governo estadual altere dois dos quatro projetos que poderão ser votados nesta terça-feira, já que estão em regime de urgência e incluídos na pauta de hoje.

. O PTB avisou o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, ontem a noite, que votará contra o pacote, caso o governo insista em elevar de 11% para 16,5% a alíquota de previdência cobrada dos servidores estaduais. O PTB quer 14,5%, proposta que foi inicialmente do deputado Cassiá Carpes. Caso o Partido vote contra, o governo será derrotado na Assembléia, porque serão seis votos a menos, invertendo o mando (a oposição tem 23 deputados e com os seis adicionais terá maioria sobre os 54 que votam).

. Neste caso, os 14,5% valeriam para todos os servidores e não apenas para quem recebe mais de R$ 3.689,46.

. O governo poderá apresentar sua emenda ainda hoje, mas isto dificultará ainda mais a possibilidade de que o pacote seja votado esta tarde.

. O recuo do PTB visa salvar a cara do Partido, atingido por devastadora luta interna na semana passada, quando se soube que seus deputados recebem o equivalente a R$ 80 mil por mês na forma de salários pagos a CCs indicados por ele.

- O governo alega que precisa resolver o problema previdenciário, mas as suas duas propostas (elevar a alíquota e criar um fundo de capitalização para os novos servidores) visam apenas arrecadar R$ 200 milhões adicionais este ano, já que os projetos não se sustentam em cálculo atuarial algum e nenhuma auditoria foi realizada para identificar o imbroglio. Além dos R$ 200 milhões, o governo quer confiscar mais R$ 450 milhões via nova taxa inspeção veicular, R$ 500 milhões através de calote nos precatórios e R$ 60 milhões com a nova taxa ambiental que cobrará das empresas. O dinheiro visa dar suporte ao festival de nomeações de companheiros para cargos de confiança, inchaço da máquina pública e gastos com ações que não são de competência do governo, como assentamento de 100 mil famílias.


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2 comentários:

Luiz Vargas disse...

O Partido das Tetas Boas rugindo?
Não se deve acreditar nisto. É só jogo de cena.
Quando chegar o momento oportuno murcharão as orelhas e votarão como o pai da concertação e da transversalidade mandar.
MENSALEIROS SEMPRE FAZEM O QUE O CHEFE MANDA!

Quando a cara de cada um destes trastes for estampada em murais nominado-os de traidores do povo, espero que tenham a mesma atitude passivamente bovina que têm hoje ao se sujeitarem a serem subalternos de um mau caráter, mentiroso e farsante.

Anônimo disse...

Não sou funcionário público. Mas, onde estão os cálculos atuarias referentes à previdência estadual? Por quê 14,5% e não 12,7%, 13,33%, 21,09%?
Realmente, somos governados por analfabetos. Inclusive, esta proposta de 14,5% é de um deputado, ex-jogador e ex-treinador de futebol. Pode um negócio desses?

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