Entenda melhor o que pode acontecer (de pior) no câmbio.

Na quinta-feira da semana passada, o jornal O Estado de S. Paulo produziu editorial na página A3 para analisar o que chamou de “surpresas no câmbio”. Por trás da análise do que tinha ocorrido no dia anterior, o jornal fez uma imersão mais profunda sobre coisas estranhas que estão acontecendo na área do câmbio, como a valorização continuada do real, apesar da piora das contas externas e das projeções de maior desequilíbrio nas transações com o exterior.

. De fato, as contas externas revelam um lado muito negativo da economia sob o governo Lula. O resultado negativo das contas contas comerciais do primeiro semestre foi de US$ 23,7 bilhões, quase igual ao de todo o ano passado, que foi de US$ 24,3 bilhões.

. O artigo revela dois pontos que merecem atenção:

1) as multinacionais aumentam muito a remessa de lucros para as matrizes.

2) o investimento direto continua alto, mas não conseguirá continuar cobrindo o rombo aberto pelo déficit comercial crescente.

. O mercado fala em sérios probelmas mais à frente, porque muitos e grandes bancos apostaram pesadamente em real valorizado, mas os fundamentos que favoreceriam isto não existem mais – mas a banca insiste em “bancar” o real alto, apesar das evidências.

CLIQUE na imagem ao lado para examinar toda a análise. Ela é muito oportuna. O RS é forte exportador e este é um assunto pouco abordado pela mídia diária no Estado.

2 comentários:

Anônimo disse...

De fato é difícil entender porque os bancos estão apostando "tanto" no Real. O problema não é a posição vendida em câmbio, mas sim sua magnitude. No meu entender houve um efeito boiada, ao perceberem um grande banco aumentando sua posição vendida outros bancos optaram por segui-lo, mesmo sem dispor da informação precisa sobre o que poderia estar causando tal decisão.
Interessante notar que após o assunto começar a ser debatido na mídia alguns bancos começaram a reduzir sua exposição cambial.
Os bancos reverteram a trajetória de suas posições cambiais no final de 2009, passando a posição vendida em março de 2010 que foi ficando a cada dia mais vendida até chegar próximo aos USD 13 bi. Curiosamente a posição vendida tem se reduzido após o noticiário começar a abordar o assunto.
Mauro Salvo
Economista

Justiniano disse...

Isso explica porque a Fenabran apoia escancaradamente Dilma como candidata porque "nuncanahistóriadessepais" os bancos faturam tanto como nos oitos anos do governo Lula e apostam que continuarão a faturar, mas espero que os petralhas furem os olhos dessa máfia de banqueiros, que não produz um prego e explora os seus clientes com juros abusivos e extorsivos. E com toda essa farra dos bancos a CEF amarga lucros pífios e continua dando dinheiro para outra empresa que está com fluxo de caixa baixo que é a Petrobrás.

Hoje o valor real da moeda real é de R$ 2,80 que seria valor ideal para setor exportador.

Essa politica atual de câmbio para o setor produtivo é péssimo, mas para os bancos é o sonho pois captam dolares no mercado futuro e faturam em operações de financiamentos a curto prazo.
Ou será que bancos está esperando uma máxima desvalorização, porque do jeito que andam os deficits comercial nas contas do governo pode se esperar de tudo por parte de Lula, principalmente se em outubro a possibilidade de Serra ganhar for alta e deixar esse abacaxi para outro presidente descascar.

Em conversa com dois conhecidos que estiveram um no Chile e outro no EUA, disseram que lá foram comentam muito que após a eleição certamente vem mudanças no câmbio, pois naqueles países não entendem como um país como o Brasil tem uma das moedas mais forte em relação ao dolar, pois é só comparar o PIB brasileiro e o PIB dos outros paises do BRIC para ver que não há lógica nesse valor cambial.

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