Alceni Guerra, deputado federal, DEM do Paraná, ex-ministro da Saúde.
No seu Twitter, o senhor fala que l milhão de pessoas consomem crack no Brasil ?
Leste bem: 1 milhão só de crackqueiros.
O senhor tem dados de Porto Alegre ?
Em 2007, 32 mil, número que pulou para 55 mil no final do ano passado.
Li que o senhor esteve na Argentina, tratando do assunto.
É verdade. O que constatei ali é que as mães de alunos criaram Grupos Locales, constituídos de 50 mães cada um, que foram para a porta das escolas escorraçar os traficantes. Lá como aqui, a polícia não está aparelhada para enfrentar os traficantes.
A política brasileira relacionada com o consumo de crack está errada ?
Erradíssima.
O que tem que ser feito ?
Tem que internar e fazer tratamento de choque, produzindo depois o tratamento ambulatorial. Nada de tratar em casa. Estive com os drs., Eduardo Kalina e Nora Wolcow, esta neta de Leon Tolstoi, os melhores do mundo, em Nova Iorque, e ambos me disseram que tem que internar, tratar com drogas legais equivalentes aos efeitos do crack para eliminar a síndrome da abstinência e depois fazer o resto do tratamento.
Mas no Brasil é proibido internar à força.
Nos EUA e Argentina, não. Tem que internar. No Brasil, é isto que vemos. Os leitos psiquiátricos caíram de 135 mil para 35 mil. Está tudo errado.
O crack não é um problema apenas social ?
Negativo. É um problema médico. O crack passa para o DNA e contamina a descendência.
4 comentários:
Eis um importante problema em que os padres poderiam ajudar a resolver: tirar as pessoas afundadas nas drogas. E, óbvio, não deixar que outras enveredem por tal caminho.
Que tal ? Só incitar invasão de terras não dá né !?
HOH-POA
Até que enfim alguém lúcido para falar sobre esse assunto, o resto é conversa mole.
Se os pacientes, doentes mentais, do Hospital Psiquiátrico São Pedro foram jogados para fora e hoje muitos deles podem ser vistos perambulando nas ruas que ficam em torno do hospital, haverá algum local para tratamento de usuários de drogas?
Prezado Políbio,
55 mil usuários de crack só em porto alegre? De onde ele tirou esses dados? Ano passado o secretário de Saúde do RS, Osmar Terra, estimou em 60 mil o número de usuário em TODO Estado. Por motivos profissionais, entrei em contato com Conselho Estadual de Entorpecentes (CONEN-RS)e eles informaram ser impossível estimar o número atual de dependentes. O que existe são estudos através de números que as casas terapêuticas enviam, que no entanto se mostram muito incipientes.
Um abraço,
João Paulo Magalhães
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