A antecipação do consumo de carros, máquinas de lavar, fogões e geladeiras, patrocinada pela política anticíclica do governo federal, reduziu a capacidade de compra desses itens pela nova classe média brasileira. Para manter as vendas aquecidas após o fim do corte do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que terminou em janeiro para a linha branca e expira no fim de março para os carros, o comércio de bens duráveis começa a mirar as famílias de menor renda, da classe D, como potenciais consumidores.Com renda de até quatro salário mínimos mensais (R$ 2.040), essas famílias tiveram até agora pouco acesso a financiamentos. Por isso, estão menos endividadas em relação às famílias das classes B e C. Revendas de veículos, por exemplo, já estudam a possibilidade de alongar prazos de pagamento até 120 meses para fazer com que a prestação se "encaixe" na renda. Com isso, o varejo abre o leque de consumidores. Apesar de não admitirem publicamente, lojas de eletrodomésticos querem chegar ao Dia das Mães com prazo de financiamento superior a 18 meses para reduzir ainda mais o valor das prestações.Os sinais de que o ritmo de compras de bens duráveis deve diminuir e de que as indústrias começam a tirar o pé do acelerador da produção para se ajustar às mudanças do mercado já apareceram em duas pesquisas da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e outra do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
LEIA a reportagem na íntegra, clicando ao lado. O material é do jornal O Estado de S. Paulo desta segunda-feira. Matéria assinada por Márcia De Chiara.
Um comentário:
Caro Políbio:Mas será possível que ninguém aprendeu nada com a crise dos EUA?Acaso não foram empréstimos dados a quem não podia pagar nem em sonho que provocou toda a crise?Será que o empresariado brasileiro vai apostar nos subprimes daqui pra tentar sair do futuro atoleiro?Oras,eu não sou um Nostradamus mas está bem claro pra mim que se a classe C está endividada até a cabeça como pode ser que a classe D e E vão honrar suas dívidas mesmo as esticando até um limite próximo do infinito os seus prazos de pagamento se estas classes já vivem no limite do limite.Prevejo uma séria crise no futuro na área de crédito.Vamos fabricar nossa própria debacle financeira?
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