A Marcha contra as Famílias e a Sociedade também saiu em Porto Alegre

A carta do dentista gaúcho Claudio Bortowski, ignorada por todos os jornais deste sábado, protestou contra a realização da Marcha da Maconha, realizada as 15h, no Parque da Redenção. Bortowski se insurge contra a autorização dada pelo Ministério Público Estadual para que a marcha saísse, garantindo a "livre manifestação do pensamento". A condicionante imposta pelo MPE: não podia ser feita a apologia do uso da maconha e a maconha não podia ser usada na marcha. Claudio Bortowski não entende como é que atos tipificados como crimes por lei própria possam ser defendidos através de manifestações públicas, sob o pretexto de que a constituição garante a "livre manifestação do pensamento".

. O editor fecha com a posição de Bortowski e seria litisconsorte em qualquer ação judicial intentada por ele contra a realização da marcha, cujo único resultado verdadeiro será incentivar o tráfico e o uso da droga. É de se perguntar por que razão também não são liberadas marchas do gênero para defensores da pedofilia, dos estupros, dos assassinatos em massa e do racismo, desde que "não façam a apologia dos crimes e nem pratiquem os atos durante a marcha" ?


- No Rio, um ministro do governo do PT, um governo com duas caras, Carlos Minc, um verde, participou da Marcha da Maconha. No discurso, cometeu duas espertezas típicas de malandro de morro: 1) a guerra das drogas mata mais do que a overdose. 2) a violência que sofremos deriva do tráfico. O raciocínio esperto revela o que está por trás dele: 1) se a guerra das drogas mata mais do que a overdose, deixemos a overdose em paz. 2) se o tráfico é quem produz a violência, deixemos o consumidor da maconha, do crack, da cocaína ou da heroína em paz. Quem marchou neste sábado nunca se colocou na pele das mães, pais e familiares que acorrentam seus filhos na cama, metem-lhe uma bala na cabeça ou sofrem humilhações indescreitíveis dentro de casa, como assaltos, violência doméstica e cenários de fracasso completo, tudo por conta do tráfico e uso da droga, que começa pela maconha.

Se você quiser, aproveite e mande seu protesto diretamente para o Ministério Público Estadual, via o seguinte campo próprio para conversarcom o Procurador Chefe:
http://www.mp.rs.gov.br/

2 comentários:

Anônimo disse...

Quer dizer que se eu quiser defender a descriminalização do aborto também não posso?

paulo disse...

Manifestações como esta, pró-maconha, mostram o alto grau de decomposição que a sociedade já atingiu. No entanto, tolher a liberdade de expressão das pessoas seria um caminho perigoso a seguir, pois o passo seguinte seria criminalizar a contestação de toda e qualquer lei.
Assim a sociedade definitivamente morreria da cura.

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