A esquizofrenia do DEM do RS

As cenas mais curiosas destas primeiras 48 horas do parte eleitoral de domingo em Porto Alegre são as demonstrações de desdém da candidata Manuela D’ávila diante do assédio do PT e também as demonstrações de carinho da candidata Maria do Rosária diante das propostas do candidato do DEM, o deputado Onyx Lorenzoni.

. Onyx faz jogo de sedução para cima de Maria do Rosário, insistindo no jogo errado que o levou para um lado e conduziu para o outro lado o seu eleitorado, que não tem nada a ver com o que ele defendeu durante a campanha e tem menos ainda com sua posição atual.

. A primeira regra que todo candidato deve seguir é identificar a tendência do seu eleitorado e o respeito pelos seus aliados naturais. Se não conseguir fazer isto, o melhor é abrir o voto para não perder a liderança do seu eleitor para outro líder ou outro Partido.

. O caso do DEM no RS tem sido de esquizofrenia política e eleitoral de características oceânicas, submetido a duas lideranças fortes (Onyx e Feijó) que parecem muito pouco comprometidas com seus liderados e eleitores, tanto que o Partido já conseguiu encrencar com os dois governos que ajudou a eleger, os de Yeda e de Fogaça, aos quais passou a mover oposição feroz.

. O desastre eleitoral do DEM pode ser comparado com a votação de Marchezan Júnior, do PSDB, que fazendo uma anti-campanha, conseguiu amealhar quase tantos votos quanto Onyx.

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