Segundo revelou o Estadão de hoje, diplomatas e ministros dos dois países conduziram reuniões secretas para pavimentar a aproximação entre Brasil e Estados Unidos, contrariando a narrativa oficial de um encontro “de surpresa”. O Estadão diz que não houve casualidade no encontro. Diz o jornal
- Antes do encontrona Assembleia-Geral da ONU, no dia 23 de setembro, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump já tinham suas equipes em contato.
De acordo com a apuração, a operação diplomática envolveu diretamente o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Os contatos prévios buscaram reduzir a desconfiança de Washington. Vieira teria sinalizado que o Brasil não pretende adotar posições de confronto, citando a postura equilibrada dentro do Brics, o distanciamento de Nicolás Maduro e a recusa em aderir à Nova Rota da Seda da China. O recado era claro: o governo Lula busca autonomia, sem hostilizar os EUA.Além da diplomacia oficial, empresários também agiram. O Estadão cita que Joesley Batista, da JBS, manteve contatos com autoridades americanas em meio à crise, reforçando a necessidade de preservar os canais de comércio.
O jornal diz que Eduardo Bolsonaro pressionou para que Trump não encontrasse Lula.
Estratégia de silêncio
Nenhum registro oficial foi divulgado: não houve notas, fotos ou menções em agendas. A cautela foi deliberada para evitar reação de grupos contrários à aproximação. O sigilo permitiu que a “surpresa” fosse encenada em Nova York, mesmo após semanas de preparação cuidadosa.
Um gesto simbólico, mas decisivo
O aperto de mãos entre Lula e Trump na ONU foi o ponto visível de um processo diplomático conduzido com discrição. Embora reste saber se a aproximação resultará em avanços concretos, a reunião representa uma mudança no tom das relações bilaterais e indica que os dois países decidiram apostar no diálogo como caminho para superar tensões recentes.
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