Crônica de sexta-feira, Vitor Bertini - Profeflor

“Camélia caiu do galho. Não morreu.”

Este texto, escrito com letra caprichada no centro do quadro-negro da sala 42, alterou a coreografia da volta do intervalo dos alunos da difícil turma do terceiro ano do ensino médio, do Colégio Santo Inácio. Entre paradas em frente ao quadro, risos, trocas de olhares, perguntas sem respostas e retiradas de fones dos ouvidos, todos sentaram e fizeram silêncio.

Camélia Anke, a sensível professora de Português e Literatura, a Profeflor - na zombeteira voz dos corredores, chegou dizendo bom dia, largou seu material, caminhou até o meio da sala, voltou-se para o texto escrito, respirou por dez segundos e, séria, retornou para a frente da turma.

– Muito bem, quem foi o valente?

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2 comentários:

Anônimo disse...

Políbio, o teu blog também é cultura...

Anônimo disse...

Viva as professoras do Brasil!

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