Seu Willy, Dr. Wilhelm, era catedrático de filosofia do direito, usava ternos de corte inglês, lia Kelsen em alemão, palestrava como poucos e, sempre que possível, falava de estranhamentos.
Homem metódico, cauteloso, o ritual de negociação dos convites para eventos, notadamente os que envolviam viagens terrestres, era sempre o mesmo: dificuldades iniciais, o aceno com uma pequena possibilidade, um enervante tempo de silêncio e, na última hora, o sim, eu vou. Tudo sob a intermediação de dona Elvira, sua eterna secretária.
– Reclama, mas sempre vai – dizia a assessora.
Paulão, motorista e “pau pra toda obra”, tão eterno quanto dona Elvira, compunha o restante da equipe.
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2 comentários:
Quem sabe, Políbio, o Vitor Bertini explica porque razão, enquanto presidente da Corsan, não moveu uma palha para privatizar a ineficiente estatal, de águas mansas e gestão duvidosa e uma bem montada indústria de ações trabalhistas e obesas aposentadorias.
Essa explicação interessa mais aos leitores deste blog do que 'continhos de sexta', mal contados.
Textos maravilhosos. Parabéns, Vítor Bertini!
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