* O título original é " Nomeações por interesse". O autor é presidente da Associação dos Médicos e Odontólogos do
Hospital Conceição e Criança Conceição (AMEHC)
A esperança de dias melhores para o Brasil, depois de
tantas crises e revelações, estava em grande parte centrada em que os políticos
passassem a ter uma visão mais séria do exercício de suas funções.
Agora, na mudança de diretoria do Grupo Hospitalar Conceição
(GHC), vimos que se frustra essa expectativa. Ou seja, repete-se o loteamento
de cargos entre correligionários, estranhos à casa, inexperientes, sem
currículos expressivos, nomeados por indicações que envolvem troca de favores,
amizades pessoais etc. Num primeiro momento, fomos ouvidos pelo partido do
Ministério, e parecia que os critérios, técnico e de conhecimento da casa,
predominariam, mas em entrevista na Rádio Gaúcha o ministro manifestou-se pela
indicação de pessoas estranhas à instituição, com argumentos inválidos,
inclusive pela comparação esdrúxula com a Santa Casa de Porto Alegre,
instituição de características bem diversas.
Nós já vimos este filme várias vezes. Mesmo no PT, no
poder desde 2003, não deixaram de existir as brigas de facções, indefinições
das nomeações, que tardaram, às vezes, meses, e as escolhas sem nenhum critério
que não fosse a política desqualificada dos grupos de influência.
Aí vieram as consequências: inchamento do quadro
funcional, de pouco mais de 5 mil servidores em 2003 para 9,7 mil em 2015, sem
nenhum acréscimo de produção de serviços hospitalares, fechamento de leitos,
desvios de função de profissionais de saúde para assessorias de coisa nenhuma,
e muito mais.
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4 comentários:
Fui médico intensivista no GHC entre junho de 2010 e setembro de 2014. Perdi meu emprego tendo sido acusado de um crime que não cometi (agredir uma colega de trabalho) e de fazer críticas ao hospital neste Blog. Jamais o Sr.Renato Gutierrez nem a AMECH mostraram interesse nem solidariedade alguma. Fui acusado por marginais petistas recalcadas por não serem médicas de "não lavar as mãos", "não examinar os pacientes", "chutar lixeiras", "mexer com sutiã de colegas" ...em 2014 meu nome foi para internet, em plena campanha eleitoral, como "agressor de mulheres" depois que chamei a bandida e líder de quadrilha Dilma Rousseff de "fdp" - NIGUÉM da AMECH jamais falou comigo...Um verdadeiro CANALHA da Justiça do Trabalho em Porto Alegre me "condenou" a pagar 150.000 reais para médica que "vítima" da minha "agressão" - Agora que Dilma foi afastada, mostram-se valentes na Zero Hora.
Tá certo o ministro. O GHC não pode ficar a mercê das corporações (AMERGHC e ASERGHC). Tem que botar administrador externo, o GHC não serve a população e sim às entidades de classe
O autor do artigo está mais para petralha, com sua tradicional barba de ayatolá do que um real defensor das melhores práticas administrativas e éticas no grupo Conceição.....
Ótimo artigo parabéns polibio pela publicação! Concordo em grau e gênero os administradores tem no mínimo conhecer a instituição e ter o mínimo de conhecimento administrativo, resguardando o bom atendimento conciliado com o reconhecimento aos servidores! O ministro foi infeliz em sua entrevista ao equivocar-se em alguns dados mas foi de certo modo realista com a situação atual que merece atenção!
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