Artigo, Humberto Trezzi, Zero Hora - : sob o signo do medo em Porto Alegre

CLIQUE AQUI para ver e ouvir, também, comentário do editor no You Tube, no qual pergunta: "A ditadura militar acaba ou não acaba com esta desordem criminosa que nos intimida ?". -


Neste artigo disponibilizado na versão digital do jornal Zero Hora de hoje, o repórter Humberto Trezzi deixa claro que os bandidos perderam o freio. Ele não diz, mas isto começou a acontecer na semana passada, a partir de terça-feira, quando o policiamento ostensivo proporcionado pela Brigada Militar foi prejudicado terrivelmente pelo que os líderes dos brigadianos chamam de "aquartelamento". A greve branca não foi total porque os oficiais conseguem colocar parte da tropa na rua, mas o que sai é insuficiente.

Pior de tudo é que Polícia Civil e Brigada passaram o recado de que não trabalharão como antes, o que na prática resultou nos eguinte aviso para os bandidos:

- Liberem-se,.

A população que se lixe.

E se lixa.

Ontem a noite, três assassinatos na zona Norte somaram-se aos assassinatos, roubos, arrastões, furtos e saques que acontecem em toda a cidade. Uma outra mulher teve uma mão decepada.Bares sáo saqueados, como o Dado Pub e outros fecham as portas, enquanto lojas da zona central trabalham com portas parcialmente abertas, reforço de segurança e armas engatilhadas.

Parece que os gaúchos foram entregues à própria sorte para procurar proteção, abrigo, trabalho e alimentos.

Um retorno à lei da selva. 

O governo perdeu o controle da segurança pública, que clama por ordem, mesmo que ela venha através de intervenção federal. 

Ivo Sartori acha que não há nada de anormal.

E a Assembléia Legislativa, Ministério Público e Poder Judiciário calam.

As entidades representativas da sociedade e até as chamadas entidades do movimento social nada dizem, preferindo debater a prosopepéia do prepúcio. 

Dentro de alguns dias, prosseguindo este cenário, as rãs pedirão pelo Exército, como acontece no Rio. 

Leia o artigo:
Repórter especial comenta o fim de semana violento no Rio Grande do Sul

Difícil permanecer tranquilo quando, em nervosos recados pelo telefone, uma voz feminina avisa que os chefes do crime organizado nos presídios decidiram fazer um "ataque" em massa à Porto nem tão Alegre assim. Quem tem filho jovem saindo para a balada, tem medo.

O recado impressiona, inclusive aos que têm mais de 30 anos de cobertura criminal, como este colunista. Mesmo sabendo que a bandidagem gaúcha é rachada, cheia de rivalidades e jamais conseguiu organizar ataques sistemáticos, como os já ocorridos em outros Estados. Mesmo lembrando que os boatos arrasa-quarteirão coincidem com a semana da maior greve já feita pelos policiais gaúchos (só coincidem?).

Boatos na WhatsApp ampliam sensação de insegurança

Até pela greve policial — suspensa sexta-feira, mas que pode retornar em decorrência da falta de pagamento de salários — é correto imaginar que os criminosos estão se achando. Aproveitam o momento de fragilidade dos policiais, sem salário e desanimados, para escolher alvos e correr pelas cidades. Menos mal que policial que honra o cargo abraça a profissão a qualquer hora. Prova disso está nos PMs baleados por bandidos sexta-feira, no cumprimento do dever.

As estatísticas comparando crimes antes e depois da paralisação policial ainda não foram divulgadas, mas já se sabe que roubos e assassinatos cresceram exponencialmente.


Mas, muito além de números, o que assusta é a ousadia. Dois supermercados em áreas movimentadas foram assaltados com a clientela ainda dentro. Um pub de luxo foi saqueado. Policiais fardados foram baleados. Transeuntes levaram tiros. Clientes do comércio foram vitimados por arrastões. Por trás de tudo, uma palavra: desrespeito. A bandidagem perdeu o freio. Muito pela paralisia oriunda do desânimo que contamina as decisões governamentais, nesses tempos de cofres vazios e esperanças também.

6 comentários:

Anônimo disse...

ARMAGEDOM SOCIAL

Anônimo disse...

Políbio,

A RBS esta totalmente contra o Sartori.

A Zelotes esta batendo no pescoço da Sirotsky(ada)!!!

Ps.: antes que algum bobinho acuse-me de antisemitismo, tenho a esclarecer que sou judeu e não compactuo com corruptos de qualquer ordem.

Falando em RBS, o que é o tal Moises mendes. Ele anda "espumando" contra os que respeitam a Constituição.

JulioK

Anônimo disse...

Humberto Trezzi somente agora começou ler jornais?

Anônimo disse...

Por que o Judiciário e o Legislativo, que mais ganham , não têm seus salários parcelados, em vez de os policiais? Encontram-se em uma redoma de vidro e o resto da população é que tem de enfrentar o perigo 24 horas por dia. Novamente, quem mais tem mais quer ganhar. E o pobre funcionalismo é que deve sacrificar-se.
Sei de gente que ganha 10 mil reais por mês para não fazer nada,porque NÃO sabe fazer mesmo! Trata-se de apadrinhada de político.Seu salário pagaria o de 8 professoras em início de carreira. Preciso dizer mais? Façam uma varredura nessas secretarias e verifiquem quem faz o quê. Mas o(a) vejam fazendo mesmo!
Falta "vontade política " para tanto.

Anônimo disse...

Triste nessa situação de greve da polícia e BM, é que eles esquecem que eles também são povo. Tem pai, mãe, filhos, etc, que andam nas ruas estão ameaçados pela falta de segurança. Em Rio Grande esta semana, um rapaz saindo da casa da namorada, de carro, foi assaltado e levou um na cabeça e infelizmente, o rapaz morreu. Quem é o pai do rapaz...? um militar da brigada.

- Mesmo a BM, polícia civil, func. públicos e o CPERGS petralha, fazendo uma greve de 50 dias, com isso não farão aparecer, num passe de mágica, bilhões de reais nos cofres do tesouro do estado.

Anônimo disse...

Falto dizer...como de costume...o falsear da realidade atual...e minimizar toda a inércia do tiririca e dizer....culpa do Tarso!

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