Presidente do Bradesco adverte: "Crise política é maior do que a econômica".

Na quarta-feira à noite, o editor recebeu por Whats App um áudio com comentário sobre acerto feito entre Fiesp,Firjan e Febraban, mais lideranças maiores do PMDB e do PSDB, tudo destinado a abreviar o mandato de Dilma e garantir a sucessão com Michel Temer, tendo por ministro da Fazenda o senador José Serra.

O editor não publicou nada porque buscou conferir as informações.

Acontece que já na sexta-feira foi publicada página inteira nos principais jornais, assinada por Fiesp e Firjan, dando apoio à governabilidade, mas "com Temer".

Hoje, saiu a entrevista a seguir com o presidente do Bradesco, Luís Trabuco.

Nada acontece por acaso.

Trabuco é o fiador da ida de Joaquim Levy para o ministério da Fazenda e foi seu chefe até ele assumir o cargo.

O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, decidiu fazer um importante alerta à sociedade, logo depois de fechar a compra do HSBC.

"A crise política é mais forte que a econômica. Isso abala a confiança no país e retarda a retomada do crescimento", disse ele em entrevista aos jornalistas David Friedlander e Toni Sciarretta, da Folha de S. Paulo (leia aqui).

Segundo Trabuco, o momento atual exige "grandeza" da classe política e também união para superar os problemas atuais. "Precisamos sair desse ciclo do quanto pior, melhor. Melhor para quem? Para o Brasil, não é. As pessoas precisam ter a grandeza de separar o ego pessoal do que é o melhor para o país", afirmou.

O presidente do Bradesco também negou que tenha indicado Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda. "Não tem essa questão de indicação. Não houve isso. O Levy é um homem de Estado, que tem uma formação irretocável. Ele tem objetivos cívicos, patrióticos, de dar sustentabilidade ao país", afirmou.


Segundo ele, a retomada do crescimento virá em 2016 e a inflação também será contida. "Não fomos capazes de antever o que aconteceria após a redução no preço das commodities que o Brasil exporta, que trouxe perdas para a renda nacional. E acreditamos em coisas que não deram certo, como segurar os preços administrados. Quando 2015 chegou, era inevitável ter inflação acima de 9%", afirmou. "Mas essa é uma inflação corretiva, que está equacionando uma diferença de preços e tem prazo para acabar. A política monetária foi executada. Nós trabalhamos com um PIB extremamente modesto, fraco até junho do ano que vem. Depois tem a retomada. Mas essa retomada será puxada pelos investimentos em infraestrutura."

7 comentários:

Mordaz disse...

A crise é moral. um presidente afirmar que não respeita criminosos que delatam é um escândalo. Que artistas digam que se lixam para a falta de ética do partido. Quando corruptos são tratados como heróis, se mostra a lama que o país está escorado. Quando presidentes e políticos mentem desavergonhadamente, a crise não tem saída.

Anônimo disse...

Os banqueiros sempre viveram numa ilha da fantasia e prosperidade aqui no Brasil, possivelmente o presidente do Bradesco só sinta uma marolinha com a crise econômica ou até tenha mais lucros em cima da desgraça dos outros.

Anônimo disse...

Gostaria de saber de onde o Trabuco tirou que "a retomada do crescimento virá em 2016 e a inflação também será contida". Os dados estão ai para quem quiser ver. Todos os analistas isentos mostram que ainda não há luz no fim do túnel.
Caro Sr. Trabuco apresente argumentos consistentes que embasem suas declarações. O povo já está de saco cheio de falsas promessas.
Infelizmente acredito que estamos rumando para um colapso econômico com seríssimas consequências sociais. Nunca passamos por guerras para entendermos a escassez. Nosso crescimento terá que passar por outro processo!

Carlos Edison Domingues disse...

POLIBIO. Tenho lembrança, e para esclarecer o senhor pode ajudar, que este assunto, na década de 40, colocou em posições antagônicas Alberto Pasqualini e Raul Pilla, quando ambos estavam no Partido Libertador. Pasqualini defendia a tese de que o ecônomico sobrepunha ao político, enquanto Pilla entendia que o político tinha uma prevalência ao econômico. Frente ao momento atual que estamos enfrentando a manifestação de Luis Trabuco vem justificar a posição de Raul Pilla Carlos Edison Domingues

Anônimo disse...

Quando ele fala "As pessoas precisam ter a grandeza de separar o ego pessoal do que é o melhor para o país" está se referindo a quem, Dilma ou Cunha?

Anônimo disse...

O Brasil fracassou em termos éticos e morais, vivemos no vale tudo.
Não se constrói uma nação dessa forma.

Anônimo disse...

A crise só não é econômica para os bancos. O Bradesco não tem do que reclamar, até está comprando banco, apenas um pixuléco de 17 bilhões, é isso, 17 bilhões, pixulequinho. Esse cara precisa cair na real, ficar quietinho, sentado em cima dos bilhões do banco que administra e parar de tirar sarro da nossa cara. Botou o filhote no governo com segundas intenções, vai dizer que não tem informações privilegiadas? A crise é ECONÔMICA, política e moral, e o moral serve para o senhor Trabuco. Pergunto, durante todos os anos em que esse país passou por crises, quando o Bradesco e o Itaú sofreram algum prejuízo? Os bancos que quebraram, quebraram por incompetência de seus administradores ou herdeiros e outros porque montaram bancos para dar tombo mesmo, para falcatruas. No país da usura, banco não quebra, é quebrado!

https://api.clevernt.com/e46a5348-350f-11ee-9cb4-cabfa2a5a2de/https://api.clevernt.com/e46a5348-350f-11ee-9cb4-cabfa2a5a2de/