O editor não publicou nada porque buscou conferir as informações.
Acontece que já na sexta-feira foi publicada página inteira nos principais jornais, assinada por Fiesp e Firjan, dando apoio à governabilidade, mas "com Temer".
Hoje, saiu a entrevista a seguir com o presidente do Bradesco, Luís Trabuco.
Nada acontece por acaso.
Trabuco é o fiador da ida de Joaquim Levy para o ministério da Fazenda e foi seu chefe até ele assumir o cargo.
O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi,
decidiu fazer um importante alerta à sociedade, logo depois de fechar a compra
do HSBC.
"A crise política é mais forte que a econômica. Isso
abala a confiança no país e retarda a retomada do crescimento", disse ele
em entrevista aos jornalistas David Friedlander e Toni Sciarretta, da Folha de
S. Paulo (leia aqui).
Segundo Trabuco, o momento atual exige
"grandeza" da classe política e também união para superar os
problemas atuais. "Precisamos sair desse ciclo do quanto pior, melhor.
Melhor para quem? Para o Brasil, não é. As pessoas precisam ter a grandeza de
separar o ego pessoal do que é o melhor para o país", afirmou.
O presidente do Bradesco também negou que tenha indicado
Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda. "Não tem essa questão de
indicação. Não houve isso. O Levy é um homem de Estado, que tem uma formação
irretocável. Ele tem objetivos cívicos, patrióticos, de dar sustentabilidade ao
país", afirmou.
Segundo ele, a retomada do crescimento virá em 2016 e a
inflação também será contida. "Não fomos capazes de antever o que
aconteceria após a redução no preço das commodities que o Brasil exporta, que
trouxe perdas para a renda nacional. E acreditamos em coisas que não deram
certo, como segurar os preços administrados. Quando 2015 chegou, era inevitável
ter inflação acima de 9%", afirmou. "Mas essa é uma inflação
corretiva, que está equacionando uma diferença de preços e tem prazo para
acabar. A política monetária foi executada. Nós trabalhamos com um PIB
extremamente modesto, fraco até junho do ano que vem. Depois tem a retomada.
Mas essa retomada será puxada pelos investimentos em infraestrutura."
7 comentários:
A crise é moral. um presidente afirmar que não respeita criminosos que delatam é um escândalo. Que artistas digam que se lixam para a falta de ética do partido. Quando corruptos são tratados como heróis, se mostra a lama que o país está escorado. Quando presidentes e políticos mentem desavergonhadamente, a crise não tem saída.
Os banqueiros sempre viveram numa ilha da fantasia e prosperidade aqui no Brasil, possivelmente o presidente do Bradesco só sinta uma marolinha com a crise econômica ou até tenha mais lucros em cima da desgraça dos outros.
Gostaria de saber de onde o Trabuco tirou que "a retomada do crescimento virá em 2016 e a inflação também será contida". Os dados estão ai para quem quiser ver. Todos os analistas isentos mostram que ainda não há luz no fim do túnel.
Caro Sr. Trabuco apresente argumentos consistentes que embasem suas declarações. O povo já está de saco cheio de falsas promessas.
Infelizmente acredito que estamos rumando para um colapso econômico com seríssimas consequências sociais. Nunca passamos por guerras para entendermos a escassez. Nosso crescimento terá que passar por outro processo!
POLIBIO. Tenho lembrança, e para esclarecer o senhor pode ajudar, que este assunto, na década de 40, colocou em posições antagônicas Alberto Pasqualini e Raul Pilla, quando ambos estavam no Partido Libertador. Pasqualini defendia a tese de que o ecônomico sobrepunha ao político, enquanto Pilla entendia que o político tinha uma prevalência ao econômico. Frente ao momento atual que estamos enfrentando a manifestação de Luis Trabuco vem justificar a posição de Raul Pilla Carlos Edison Domingues
Quando ele fala "As pessoas precisam ter a grandeza de separar o ego pessoal do que é o melhor para o país" está se referindo a quem, Dilma ou Cunha?
O Brasil fracassou em termos éticos e morais, vivemos no vale tudo.
Não se constrói uma nação dessa forma.
A crise só não é econômica para os bancos. O Bradesco não tem do que reclamar, até está comprando banco, apenas um pixuléco de 17 bilhões, é isso, 17 bilhões, pixulequinho. Esse cara precisa cair na real, ficar quietinho, sentado em cima dos bilhões do banco que administra e parar de tirar sarro da nossa cara. Botou o filhote no governo com segundas intenções, vai dizer que não tem informações privilegiadas? A crise é ECONÔMICA, política e moral, e o moral serve para o senhor Trabuco. Pergunto, durante todos os anos em que esse país passou por crises, quando o Bradesco e o Itaú sofreram algum prejuízo? Os bancos que quebraram, quebraram por incompetência de seus administradores ou herdeiros e outros porque montaram bancos para dar tombo mesmo, para falcatruas. No país da usura, banco não quebra, é quebrado!
Postar um comentário