Nesta entrevista a Fábio Góis, site Congresso em Foco de hoje, o deputado gaúcho diz que tem pressa em provar que não participou de
esquema da Lava Jato. “Tempo é o nosso problema. Crédito a sociedade já me deu,
mas se o tempo se arrastar, transforma a gente em zumbi político”. Veja a
íntegra da entrevista. Jerônimo Goergen também reafirmou que o PP se prostituiu e acabou.
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Congresso em Foco – Por que o senhor acha que foi
incluído na lista do petrolão?
Jerônimo Goergen – Eu não quero transferir
responsabilidade de nada para ninguém. Isso é a pior coisa, especialmente para
um episódio como esse. Eu poderia criar um fato político e dizer que a culpa é
de A ou de B. Mas alguns episódios em relação a mim me geram estranheza.
Primeiro, que o Palácio [do Planalto] sabia [quem estava na lista]. Eu mesmo
soube três horas antes, porque o Palácio disse a um jornalista que meu nome
estaria lá. O Palácio estava tão preocupado comigo para já saber e pautar a
imprensa… Depois, por que eu apareço dia 12 de fevereiro nisso? Até então eu
não estava. E depois, por que eles me citam no período em que os líderes eram
[José] Janene, [João] Pizzolatti, [Mário] Negromonte e, em uma outra citação,
Pedro Corrêa e [Nelson] Meurer. Eu não era deputado no [período de liderança
de] Janene, não era no Pizzolatti, não era no Negromonte, não era no Pedro
Corrêa. E, na minha entrada [na Câmara], que se deu em 2011, eu fui contra o
Meurer.
O senhor acha que foi traído pelo partido?
Se tu lembrares, nós apoiamos aqui a Rebecca Garcia
contra o Dudu [da Fonte] na Mesa e queríamos o Márcio Reinaldo no lugar do
Meurer. Eu liderei esse movimento, que no dia 11 de agosto derrubou o Meurer da
liderança, e que no final do ano derrubou o Negromonte do Ministério [das
Cidades]. Como é que eu sou tão gênio para não ser deputado em todo esse
período aqui… E, casualmente, também fui eu que entrei com uma ação tentando
cancelar a Convenção Nacional do Partido Progressista no ano passado, junto com
a senadora Ana Amélia. Fui o único deputado que fez isso. E o Luis Carlos
Heinze, que ameaçou dar um soco na cara do Ciro [Nogueira], o que deixou muito
atrito entre eles. Não quero transferir responsabilidade, mas esse cenário
aqui… E eu fui, há dez dias, acusado pelo governo de ter sido líder da greve
dos caminhoneiros. Casualmente, meu nome aparece em uma data em que meu atrito
dentro do partido e com o governo é muito forte. Fui eu que forcei o PP do Rio
Grande do Sul a fazer uma carta dizendo que nós éramos oposição, que nós não
iríamos coadunar com erros etc. Então, prefiro responder tua pergunta com a
dúvida. Estes pontos aqui [aponta para rabiscos a caneta em um guardanapo] não
se explicam. E uma única citação de meu nome em um contexto desse é algo que
não tem como entender. Com relação a isso tudo, eu vou interpelar o [Alberto]
Youssef, porque não o conheço. Com certeza, ele não me conhece – deve saber
pelas listas que ele tinha. Eu sou um membro da bancada, quem não sabe? Então,
vou interpelar, porque, em uma delação premiada, ele não pode falar uma coisa
sobre a qual não tenha prova.
Mas qual seria o elo que o teria ligado aos demais
suspeitos?
Ele [Yousseff] relatou um fato de corrupção em que ele ia
buscar um dinheiro para o partido, como ele disse, e esse dinheiro era
repassado para os líderes, de 2006 – ou 2004, não me lembro – para cá: o
Janene, como ele relata, o Negromonte, o Pizzolatti, o Pedro Corrêa e o Meurer.
Depois, ele disse que custava R$ 4 milhões a eleição de líder –
quatro vezes o Negromonte e duas o Pizzolatti. Em nenhum desses períodos eu era
deputado federal. Eu era estadual, mas eles pagavam os caras para votar aqui –
e deputado estadual não vota aqui [na Câmara]. O período em que eu entro, que é
2011, este grupo aqui [volta a mostra os rabiscos] já tinha decidido, e isso é
importante, que seria o Nelson Meurer o líder. Recém-eleito, vindo para tomar
posse, disse como é que eu vou ter um líder de bancada nova? Eu queria escolher
meu líder. Naquele momento nós montamos um grupo: Heinze, Zonta, Jerônimo
[autoreferência], [Esperidião] Amin, Rebecca, Maluf, Márcio Reinaldo e
[Roberto] Balestra. Esse grupo se rebelou com o “prato feito” que o outro grupo
tinha. Havia um comentário muito grande de que o Meurer só ia ser líder…
CLIQUE AQUI para ler toda a entrevista.
7 comentários:
O deputado cria uma versão de vítima de um suposto "complô" contra ele, o que não é verdade, o fato foi que recebeu dinheiro da direção nacional para sua campanha e não é possível que não soubesse da onde vinha. O Bolsonaro recebeu dinheiro da direção nacional, mas quando soube a fonte devolveu tudo, não venha o deputado criar uma suposta perseguição do MPF que nunca existiu, o Sr Youssef o delatou como o fez com vários outros, apenas isto.
Ninguem sabia de nada, estranho !!!!! Agora, apoiar o PT tem mais que se ferrar.
Deputado, esqueça o Executivo. Esse argumento de que influenciou a lista é ridículo. Se realmente o Senhor é inocente, talvez alguém do seu próprio partido tenha recebido dito que iria lhe repassar parte. É bem provável. Amplie a sua investigação.
fala chorão mimado ehehehe...pego com a boca na botija hein...baton na cueca ehehe
O Ministério Público Federal trabalha com fatos, não com perseguição política, apenas o que foi pedido na abertura de inquérito foi fruto da delação do Sr. Youssef, basta ler o pedido do PGR quanto aos fatos atribuídos ao Deputado Goergen.
REALMENTE prostituiu o PP ao também se amasiar com PT, completando o prostíbulo com PMDB/PDT/PSOL e outras porcarias.
ÚNICO DE DIREITA, NÃO É MERCANTILISTA, verdadeiramente a favor da livre inciativa, é o JOVEM DEPUTADO MARCEL VAN HATTEM.
ALIAS, são dois APENAS deputados no RGS de direita, este e o ONIX.
O RESTO É DE ESQUERDA ou são MERCANTILISTA com os votos recebidos.
Chora Jeronimo kkkkkk
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