Até Marcos Rolim diz que o governo está podre e que o povo na rua preenche o vácuo político do Brasil

Mesmo para os leitores que nunca concordaram e até detestaram todos os artigos e posições anteriores do jornalista e ex-deputado Marcos Rolim, vale a pena ler esta inteligente análise que ele publicou no jornal Zero Hora deste sábado, intitulada "Cebolas e Algemas". As cebolas de que fala Rolim devem ser descascadas por camadas. Estas camadas, agem de forma autônoma e não se comunicam, cada uma funcionando como um ente separada, desconectada da realidade das demais camadas. É a analogia que o autor faz com o que acontece com entes como o governo Dilma, o PT e seus aliados. Isto é típico de agentges do totalitarismo. Rolim diz que os protestos de rua preenchem o vazio da política e a ausência de rumos de um governo confuso, decadente, cínico, incompetente e corrupto. 

Leia:

Em um regime democrático, as pessoas exercitam o direito de pressionar os agentes públicos em favor de mudanças. A ordem democrática, por isso, nada tem a ver com a unanimidade ou com o silêncio. Trata-se de uma ordem especial, capaz de equilibrar-se no dissenso e cuja trilha sonora é, necessariamente, uma algaravia. Não se sabe o que será o domingo, dia de manifestações de protesto contra o governo. Imagino que elas serão expressivas – menos do que as jornadas de junho de 2013, mas, ainda assim, impactantes. O sentido político delas será, provavelmente, a reivindicação pelo impeachment. Diante desta tendência, PT e governo agem para minimizar os protestos, tidos como “golpistas”. O discurso me lembra passagem de Hannah Arendt quando ela usa a imagem da cebola para descrever as interações nos partidos em regimes totalitários. Os militantes que se dedicavam integralmente às atividades partidárias, sem vida pessoal ou profissional autônomas, só se relacionavam com outros militantes situados nas “camadas” adjacentes _ acima e abaixo. Um tipo de relação que distorce a percepção, isolando os sujeitos da realidade vivida pelos demais, que estão fora da “cebola”. Entendo que os protestos são sintomas muito mais significativos do uso que deles fará a oposição (falar “direita” seria equivocado, porque parte importante dela está no Poder). Eles ultrapassam as camadas médias e sinalizam exaustão com o cinismo, a incompetência, a corrupção e a arrogância. Os protestos de rua preenchem, de forma confusa, o vazio da política e a ausência de rumos que caracteriza um governo ainda mais confuso.
Penso que a maioria dos parlamentares brasileiros também vive em uma cebola. Quem tiver dúvidas, acompanhe a CPI da Petrobras. Vários dos seus integrantes tiveram campanhas financiadas por empreiteiras investigadas na Lava-Jato. Então decidiram não convocar os donos das empreiteiras. Faz sentido. Esta semana, com algumas exceções, os deputados aplaudiram o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, outro dos que serão investigados pela Polícia Federal. Do PT ao PSDB, Cunha foi saudado como verdadeiro condottiere ou, em metáfora que ele próprio gostaria, um Moisés no deserto. Seria cômico, não fosse outro atestado de que nosso sistema político consagra o vício e pune a virtude. É provável que, desta vez, tenhamos uma ampla reforma política e penso que ela surgirá fora do Parlamento. A novidade é que a reforma virá com algemas. É preciso estar fora da cebola para entender a importância disso.



8 comentários:

Anônimo disse...

Marcos Rolim faz parte da equipe
de políticos de Santa Maria que
disputam com Caxias do Sul as
cidades com mais politicos inúteis
do Rio Grande.
Equipe de Santa Maria:
Nelson Jobim, Cesar Schirmer, Paulo Pimenta, Marcos Rolim, Valdeci de Oliveira e um deputado estadual do pt
Equipe de Caxias do Sul
Pedro Simon, Euclides Triches,
Paulo Paim, Ivo Sartori,Pepe
Vargas, Formolo.
E tem mais...

Anônimo disse...

Cínico!!! Está aguardando a criação de um novo partido junto com Lulla.

Anônimo disse...


Ô Polibio!! Análise inteligente??? Onde?? Marcos Rolim é um Túlio Milman e um David Coimbra ao contrário -- petista declarado e quando lhe é útil tem umas recaídas de direita ou, de oposição, como ele se refere. Mas pode crer que "é farinha do mesmo saco".

Anônimo disse...

Ratos de navio, quando a embarcação começa a afundar, são os primeiros a abandoná-la, nadando em debandada, por águas, quase sempre, revoltas! Este sujeito é uma Maria do Rosário de calças, ou ela é um Marcos Rolim de saias, não se iludam!

Anônimo disse...

Rolim está sendo ATROPELADO pela realidade das manifestações de 15 de março !

Desembarcou no planeta Terra há pouco.

Anônimo disse...

Até os parentes de presidiarios não votam mais nele.

Anônimo disse...

Marcos Rolim? agora quer se safar? teu passado te condena.
Joel

Anônimo disse...

Cebola fede !!

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