* Dagoberto Godoy
A pauta das demandas prioritárias das centrais sindicais
(relembrada na fracassada paralisação do dia 11) é encabeçada por três temas:
1) fim do fator previdenciário; 2) redução da jornada legal de trabalho; e 3)
proibição da terceirização. Em geral, a opinião pública percebe e pode avaliar o que
significam os dois primeiros e as suas consequências na vida do país. Já o
terceiro, penso eu, aparece um tanto hermético para quem não é versado em
economia e não conhece bem como funciona a economia industrial, em tempos de
globalização e acirrada competitividade. Por isso pode passar desapercebida a ferrenha batalha ora
travada, em torno da terceirização, entre as centrais sindicais e as
confederações empresariais, com a CNI à frente (veja aí abaixo os panfletos
eletrônicos).
A eventual vitória das centrais significará condenar a
indústria e a economia do Brasil como um todo a uma ainda maior marginalização
(a Petrobrás, por exemplo, já vem sofrendo o patrulhamento neste campo, um dos
fatores da sua atual decadência, sob o governo petista). A proibição total da
terceirização das atvidades-fim das empresas, como estabelece atualmente a
Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho, seria um passo decisivo para nos
condenar ao destino caudatário dos países fornecedores de matérias primas.
A polêmica não é exclusiva do Brasil, mas
está presente em outros países deste continente atrasado em que vivemos, ultimo
reduto das viúvas do comunismo (cujo símbolo evidente é a cúpula do Mercosul).
Até por influência dos mais tacanhos, o problema está presente em outros mais
alertas à realidade do século XXI, como Chile e Colômbia, por ex.
Viajarei amanhã para Bogotá, para palestrar sobre o tema,
a convite de entidades empresarias colombianas.
4 comentários:
Olha, Políbio. As centrais sindicais do país não se deram por vencidas. Li matéria no O Globo, que planejam nova greve geral em agosto, caso as reivindicações da categoria não sejam atendidas pelo Palácio do Planalto. E dizem que farão protestos em frente às sedes de entidades. Então, a ideia deles é tumultuar e deviar a atenção de reais problemas e da Dilma.
Mas o Sr Dagoberto Godoy cogita que as consequências que ele está prevendo NÃO são os objetivos políticos pretendidos pelas Centrais Sindicais ??
Não temos massas de trabalhadores nas fábricas.
Eles foram e estão sendo substituídos, cada vez mais, por máquinas e robos.
Nas fabricas hoje temos mais trabalhadores ténicos e especializados.
Os sindicatos vão ter que levar robôs
às ruas.
mjosé
Estas Centrais, precisam é de porrete nas orelhas, bando de vadios, imprestáveis, gigolos dos Trabalhadores.
Vamos experimentar tirar os 2 dias do desconto "Assistencial" que todos os anos, ele botam a mão no bolso dos trabalhadores, pra ver como fica.
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