Artigo, José Pastore - Maior acordo do mundo não pode virar pó

Em artigo que assinou hoje no Estadão, o especialista em relações do trabalho, José Pastore escreveu que em 2001, o então ministro do Trabalho, Francisco Dornelles, anunciou que o Brasil havia realizado "o maior acordo do mundo". De fato, trabalhadores, empresários e governo, depois de longa negociação, decidiram cobrir o desequilíbrio econômico financeiro do FGTS, então identificado pelas autoridades da época. Feito o acordo, o Congresso aprovou a Lei Complementar 110/2001, que acrescentou 0,5% na alíquota mensal do FGTS - passando de 8% para 8,5% - e uma contribuição adicional de 10% no saldo do FGTS referente à indenização de dispensa sem justa causa, passando-a para 50%. Leia tudo:

O déficit do FGTS foi integralmente coberto em 2006. Naquele ano caiu a cobrança do 0,5%, mas o adicional de 10% continuou, sem nenhuma razão de ser. Como o governo se manteve inerte, parlamentares apresentaram várias propostas para extingui-lo. Uma delas foi o Projeto de Lei Complementar (PLP) n.º 200 que, após aprovado no Senado, foi debatido na Câmara e aprovado em 03/07/13 por 315 votos - uma aprovação inquestionável. 

Surpreso, li em O Globo de 11/07/13 que o Ministério da Fazenda pretende sugerir à presidente que vete o referido projeto sob o argumento de que o Tesouro não pode dispensar recursos da ordem de R$ 3 bilhões por ano. Ora, os referidos recursos nunca fizeram parte das receitas do governo, pois provinham de um recolhimento provisório e com destinação específica e não poderiam ser usados para outra finalidade. 

Ou seja, coberto o déficit do FGTS, o adicional de 10% perdeu a razão de existir e por isso foi extinto. Todo o mais se resume a manobras oportunistas. Uma delas foi urdida antes da aprovação do PLP 200. 

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6 comentários:

Anônimo disse...

Trata-se de mais um caça níquel do Governo, haja imposto para sustentar a máquina pública.
Haja "vaca" para dar leite.

Anônimo disse...

Picaretas são assim, dinheiro público vira privado para o partidos deles, diga-se PT e PMDB.

Anônimo disse...

Quanto mais enchem as burras do Tesouro melhor.

Anônimo disse...

Como era fácil dos governos resolverem os problemas, antes do Lula assumir.
Era só aumentar impostos. Simples, simples, simples

Luiz Vargas disse...

O Tesouro não pode dispensar recursos da ordem de R$ 3 bilhões por ano?
Então que os Petralha$ expliquem quanto sairá a importação de médicos de Cuba e demais países?
Para este tipo de gasto há recursos!
Os PeTralha$ arrecadam bem e gastam muito mal.

Anônimo disse...

É o que ocorrerá, não demora muito, por determinação do FMI, seu trouxa das 17:55!

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