Ele fez o governo passar noites em claro na votação da MP
dos Portos, foi alvo de impropérios nas hostes governistas e, ao final, foi
parcialmente atendido em uma manobra para aprovar o texto na Câmara dos
Deputados.
Mas o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) rejeita a condição
de nêmesis de Dilma Rousseff, em referência à deusa grega da vingança:
"Não sou Geni. Não sou um gênio do mal", diz, lembrando a prostituta
apedrejada da música de Chico Buarque.
Em entrevista, o líder peemedebista na Câmara alerta:
"Sou líder da bancada. Eles terão de conviver [comigo]. Ou será crise
atrás de crise".
Folha - O sr. foi derrotado?
Eduardo Cunha - Não. Só acho que a gente não tem que
ficar carimbando o que eles mandam do palácio. Eles não estavam acostumados a
esse tipo de combate. Quero poder ter o direito a discutir e não me sentir
constrangido quando divergir do governo.
O sr. virou a "Geni" de Dilma?
Não sou Geni. Querem me transformar nisso para esconder
falhas.
Por que falta um Antonio Palocci [ex-ministro da Casa
Civil, citado por Cunha durante a crise] no governo federal?
Ele era um homem do Legislativo, com forte capacidade de
interlocução, grande conhecimento técnico e com o poder que ele tinha.
Falta isso a Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e a Ideli
Salvatti (Relações Institucionais)?
Talvez sejam pessoas certas na função errada. Hoje não há
interlocução. Queremos participar das formulações.
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