No longo prazo, todos perdem com a inflação. Somos
catedráticos no assunto. Vivenciamos uma das mais longas hiperinflações da
história recente e fenômenos inflacionários de toda espécie. Não deveria restar
dúvida sobre as perdas e o custo da inflação para as famílias, as empresas e o
país.Mas há ainda uma questão pouco debatida: quem ganha com a
inflação? No curto prazo, aqueles capazes de elevar preços, como empresas com
poder de repassá-la aos consumidores sem grande queda da demanda no curto
prazo, profissionais liberais bem-sucedidos e organizações públicas com
receitas atreladas à inflação.
Os governos federal, estaduais e municipais são bons
exemplos: grande parte de suas receitas é vinculada a preços, salários e lucros
correntes, o que faz com que aumentos de preços elevem sua arrecadação.Essas organizações, públicas ou privadas, ganham com a
alta de preços porque, ao contrário das suas receitas, a maior parte das
despesas não acompanha imediatamente a inflação: salários geralmente são
reajustados uma vez ao ano, assim como custos com contratos de fornecedores,
aluguéis etc.Além disso, poder público e empresas são tomadores
líquidos de recursos. Como grande parte do endividamento é a juros prefixados,
a inflação maior reduz a taxa real de juros a pagar.Portanto, organizações e pessoas ganham no curto prazo
com a inflação. Já os perdedores, no longo prazo, começam a exigir reajustes
frequentes, como mostrou recente pedido de central sindical de reajustes
automáticos de salários indexados à inflação.
Na medida em que os preços começam a ser atrelados à
inflação, temos uma corrida inflacionária desenfreada que elimina os ganhos dos
que saíram na frente e desorganiza toda a economia.
O primeiro efeito é a queda no poder de compra dos
consumidores. E, com inflação alta, as empres. E deixam de ter clareza de custos
num mundo pautado por competitividade e produtividade, ou seja, a capacidade de
produzir mais e melhor por menos.Países e empresas com variações de preços disseminadas
são incapazes de investir eficientemente em produção e produtividade. O bom
funcionamento do sistema de preços é fundamental para a alocação de recursos e
investimentos.E quando se torna imperativo reduzir a inflação com alta
de juros, a atividade econômica recua, derrubando vendas e arrecadação, o que
gera perdas também aos que ganharam com a inflação no primeiro momento.
Em resumo, a inflação oferece ganhos de curto prazo para
alguns, custos para muitos e prejuízos no médio e longo prazo para todos, como
nossa história mostra com clareza.
10 comentários:
Evidente que todos perdem com a inflação. Meirelles disse uma obviedade, mas "ele" em momento nenhum criticou a condução da economia do Brasil.
Até agora a inflação, em torno de5,5% está sob controle, assim como os juros, e torno de 7,5% e pleno emprego, esperamos que continue assim.
O problema é que a midia marron glace prega o caos, não vão levar (de novo).
Bingo !
A inflação só interessa ao governo nesse momento, que está perdido, com dificuldades para fechar as contas e fazer investimentos.
Com a inflação o governo ganha um fôlego, muito perigoso para o país como um todo.
Como terroristas não se preocupam com o país, apenas com as suas próprias causas, a coisa tenderá a ficar pior.
O Brasil tem que eleger mais duas gestões petistas para virarmos uma Argentina de Ruas. Tem voltar a inflação para ver a incompetência e acabar com essa demagogia barata do PT, as vezes é bom um remédio amargo para aprenderem a não eleger demagogos e mentirosos. Agora vemos que acabou o estoque de bondades e não outras medidas para evitar a desaceleração.
O governo do PT voltou a adotar o legítimo "vôo da galinha", ou seja jamais seremos uma águia como esta hoje a China.
O dia em que até a Globo vaiou Ali Kamel
O chefe conduz a equipe para a vergonha
Passava das 9 da noite dessa quinta-feira e, como acontece quando o “Jornal Nacional” traz matérias importantes sobre temas políticos, a redação da Globo em São Paulo parou para acompanhar nos monitores a “reportagem” sobre o episódio das “bolinhas” na cabeça de Serra.
A imensa maioria dos jornalistas da Globo-SP (como costuma acontecer em episódios assim) não tinha a menor idéia sobre o teor da reportagem, que tinha sido editada no Rio, com um único objetivo: mostrar que Serra fora, sim, agredido de forma violenta por um grupo de “petistas furiosos” no bairro carioca de Campo Grande.
Na quarta-feira, Globo e Serra tinham sido lançados ao ridículo, porque falaram numa agressão séria – enquanto Record e SBT mostraram que o tucano fora atingido por uma singela bolinha de papel. Aqui, no blog do Azenha. você compara as reportagens das três emissora na quarta-feira. No twitter, Serra virou “Rojas”. Além de Record e SBT, Globo e Serra tiveram o incômodo de ver o presidente Lula dizer que Serra agira feito o Rojas (goleiro chileno que simulou ferimento durante um jogo no Maracanã).
Ali Kamel não podia levar esse desaforo pra casa. Por isso, na quinta-feira, preparou um “VT especial” – um exemplar típico do jornalismo kameliano. Sete minutos no ar, para “provar” que a bolinha de papel era só parte da história. Teria havido outra “agressão”. Faltou só localizar o Lee Osvald de Campo Grande. O “JN” contorceu-se, estrebuchou para provar a tese de Kamel e Serra. Os editores fizeram todo o possível para cumprir a demanda kameliana. mas o telespectador seguiu sem ver claramente o “outro objeto” que teria atingido o tucano. Serra pode até ter sido atingido 2, 3, 4, 50 vezes. Só que a imagem da Globo de Kamel não permite tirar essa conclusão.
Aliás, vários internautas (como Marcelo Zelic, em ótimo vídeo postado aqui no Escrevinhador) mostraram que a sequência de imagens – quadro a quadro – não evidencia a trajetória do “objeto” rumo à careca lustrosa de Serra.
Mas Ali Kamel precisava comprovar sua tese. E foi buscar um velho conhecido (dele), o peritoRicardo Molina.
Quando o perito apresentou sua “tese” no ar, a imensa redação da Globo de São Paulo – que acompanhava a “reportagem” em silêncio – desmanchou-se num enorme uhhhhhhhhhhh! Mistura de vaia e suspiro coletivo de incredulidade.
Boas fontes – que mantenho na Globo – contam-me que o constrangimento foi tão grande que um dos chefes de redação da sucursal paulista preferiu fechar a persiana do “aquário” (aquelas salas envidraçadas típicas de grandes corporações) de onde acompanhou a reação dos jornalistas. O chefe preferiu não ver.
A vaia dos jornalistas, contam-me, não vinha só de eleitores da Dilma. Há muita gente que vota em Serra na Globo, mas que sentiu vergonha diante do contorcionismo do “JN”, a serviço de Serra e de Kamel.
Terminado o telejornal, os editores do “JN” em São Paulo recolheram suas coisas, e abandonaram a redação em silêncio – cabisbaixos alguns deles.
Sexta pela manhã, a operação kameliana ainda causava estragos na Globo de São Paulo. Uma jornalista com muitos anos na casa dizia aos colegas: “sinto vergonha de ser jornalista, sinto vergonha de trabalhar aqui”.
QUEM GANHA COM A INFLAÇÃO É QUEM TRABALHA COM A BOLSA DE VALORES, E COMPRA E VENDA DE MOEDA ESTRANGEIRA.
ELES SABEM O DIA E A HORA QUE OS PERCENTUAIS VÃO SUBIR E DESCER.
O DIA E A HORA QUE O GOVERNO VAI COMPRAR E VENDER MOEDA PRA SAUDAR DÍVIDAS INTERNAS E EXTERNAS.
TODOS ENVOLVIDOS GANHAM, E O POVO PAGA A CONTA!!!
O PESSOAL LEVA A POLÍTICA E OS PARTIDOS ASSIM COMO FAZ COMPARAÇÃO A TIMES DE FUTEBOL.
SERÁ QUE NÃO PERCEBEM QUE INDEPENDENTE DO PARTIDO QUE ESTÁ NO PODER, AS CARTAS DADAS VÃO SER SEMPRE AS MESMAS ...
O QUE TEM QUE MUDAR, NÃO É O PARTIDO E SIM A FORMA COMO SE GOVERNA NESSE PAÍS, SEMPRE DEPENDENTE DA TROCA DE FIGURINHAS, DÍVIDA DE FAVORES DOS MAIS VARIADOS, EXTORSIVOS E CORRUPTIVOS.
O CANDIDATO A QUALQUER CARGO ELETIVO NESSE PAÍS SÓ VIRA CANDIDATO SE É INDICADO PARTIDARIAMENTE FICANDO OBRIGATORIAMENTE ENDIVIDADO COM AS MÃOS, OS PÉS E OS BRAÇOS PRESOS A CORJA QUE O COLOCOU OU O APOIOU PARA ESTA LÁ.
SE ISSO NÃO MUDAR, NADA VAI MUDAR, POIS O PESSOAL DOMINANTE QUE DÁ AS CARTAS POR TRÁS VÃO SER SEMPRE OS MESMOS A COMANDAR O ESPETÁCULO DA POLÍTICA BRASILEIRA.
Este é somente um dos itens para o empobrecimento da classe média. Antes vem a má educação, já implantada.
Acabar com a classe média com a ajuda das Igrejas Pentecostais e a Grande Mídia.
Haverá somente duas classes no Brasil, a classe pobre mansa e a classe do comando politico.
A classe de comando politico será a rica, aos moldes russos e chineses, parte estatal e parte privada.
Até a nossa "federação" é de mentirinha.....
É o que se tem visto, só tem prosperado nesse país as pessoas, os partidos políticos, entidades e empresas ligadas ou enrabichadas no poder público, os sugadores da máquina pública, dinheiro fácil, em abundância e rápido de se conseguir.
Os demais estão rumo a falência a médio e longo prazo!!
O dia que o impostômetro começar a dar para trás e a decrescer, não vai ter volta, a cadeia produtiva vai estar comprometida e falida.
Ha cada dia que passa estranho o meu país. Será que todos esqueceram que tínhamos una enorme dívida externa? Henrique Meireles me fêz orgulhosa de ser brasileira, mesmo que fôsse só pela sua atuação no Banco Central. O resto, o Lula e a Dilma são de uma tristeza que impossível de amargar...
Elizabeth Rose Halkjaer Lassen
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