Neste sábado, o Planalto tentou desmentir o óbvio, ou seja, que Dilma é só coadjuvante e cumpre rito de passagem para a volta do chefe do Mensalão, que é quem manda de verdade no governo.
* Editorial do Estadão deste sábado
Título original: Chá de cadeira em Dilma
A presidente do Brasil é Dilma Rousseff, mas isso parece
ser apenas um detalhe. Na fabulação bolivariana, ela não passa de uma nota de
rodapé ante os "gigantes" Luiz Inácio Lula da Silva, Hugo Chávez e
Néstor Kirchner. Por isso, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, não teve
nenhum pudor em deixá-la esperando por quase duas horas, durante sua visita ao
Brasil, enquanto se encontrava com o ex-presidente Lula. Não foi apenas Dilma
que saiu menor desse episódio. É a própria Presidência brasileira que encolhe a
olhos vistos ante o menosprezo de Lula pela liturgia do cargo que ele não mais
ocupa, mas do qual não consegue "desencarnar". Dilma, por sua vez,
obediente e disciplinada, parece aceitar seu status de presidente ad hoc.
Como se sabe, Maduro veio ao Brasil para obter a
legitimidade política que lhe falta na Venezuela, graças à truculência com que
ele está tratando a oposição - dona de metade dos votos na controvertida
eleição vencida pelo herdeiro de Chávez.
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4 comentários:
Sacrifício pequeno pela "causa" da capacho-mor.
Dilma é a laranja, Lula é o chefe dos batatas podres!Nós somos o marisco entre o mar (poluído pela corrupção) e os rochedos ( políticos corruptores e manipuladores da opinião pública).
Conseguiram reduzir nossa incipiente democracia a um escracho. Vejam a que ponto chegaram os ditos esquerdistas.
O ex-procurador-geral de Justiça Alceu Torres Marques é acusado de engavetar uma investigação contra a presidente do Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas), Andrea Neves, irmã do ex-governador e atual senador Aécio Neves, aberta pelo promotor de Crimes Contra o Patrimônio, João Medeiros.
Favorecimento
O inquérito era para investigar a farra de verbas publicitárias do governo destinadas à Rádio Arco-Íris (São João del-Rei), de propriedade da família Neves.
Segundo o deputado Rogério Correia (PT), a rádio passou a monopolizar as verbas de publicidade após 2003, quando Aécio virou governador.
“Vivemos uma ditadura no Estado. Está todo mundo proibido de investigar as rádios ligadas à família Neves. O procurador-geral sepultou sem explicar a investigação, a Assembleia não responde a nenhum requerimento que envolva as rádios da família Neves”, disse o deputado.
Apuração
A investigação foi motivada por uma Land Rover registrada em nome da emissora que o senador dirigia quando foi parado numa blitz da Lei Seca em 2012. Na ocasião, Aécio se recusou a fazer o teste do bafômetro. De acordo com a Anatel, Andrea é sócia majoritária da emissora. Até 2012, Inês Maria Neves, mãe de Aécio, constava como sócia minoritária. “Temos informações da Anatel de que Inês já passou sua cota para o filho Aécio”, diz Rogério Correia.
Manobra
O procurador avocou o processo meses antes de deixar o cargo. Medeiros recorreu da decisão no Conselho Nacional do Ministério Público – onde está o aliado Jarbas Soares Júnior –, que indeferiu o pedido do promotor.
Sucessão
Antes de deixar o cargo, Alceu não mediu esforços para emplacar o procurador André Mariani Bittencourt como seu sucessor. Nos corredores do MP Estadual, promotores e procuradores acusam Alceu de ter usado a estrutura do órgão e do CNMP para forçar subordinados a votarem em Mariani.
Força
A empreitada de Alceu teria ainda a participação direta do conselheiro do CNMP Jarbas Soares Júnior. Para os procuradores, Alceu não mostrou, no entanto, o mesmo empenho para dar sequência a denúncias relevantes contra personagens renomados de Minas.
Recorrente
Ao chegarem na mesa do procurador-geral para apreciação, a maioria desses processos acabou engavetada. No caso da investigação da Rádio Arco-íris, por exemplo, Alceu argumentou que a denúncia deveria estar sob a guarda do procurador-geral. Não precisa nem dizer que a investigação acabou arquivada pelo ínclito procurador “por ausência de justa causa”.
Revolta
O ato impediu que o caso fosse investigado pela promotoria e causou indignação no promotor João Medeiros, que já havia iniciado suas apurações. Para o promotor, a PGJ fez uma ginástica argumentativa absurda para justificar esse ato de força.
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