O risco Argentina
Há uma crescente e justificável preocupação com os rumos
da economia argentina.
Há uma crescente e justificável preocupação com os rumos
da economia argentina. De uns tempos para cá, o medo de que o país entre
novamente em moratória e promova calotes de toda ordem – a exemplo do que fez
no passado – se intensificou. Nações parceiras e observadores internacionais já
precificaram esse risco e iniciam agora um movimento nada discreto de retirada
de suas apostas daquele mercado. O primeiro a adotar essa postura foi os EUA,
que exigiram recentemente o pagamento à vista para aqueles credores que não
aceitaram a reestruturação da dívida do país latino. Em 2002 a Argentina havia
deixado de honrar com a dívida soberana devido à profunda crise (mais uma) que
enfrentava na ocasião.É essa a conta vencida que está em questão e os
americanos querem a quitação imediata dos títulos em default, temerosos de que
novos compromissos sejam deixados em atraso por falta de recursos. Em ação
paralela, dezenas de grifes internacionais estão fechando suas lojas e
abandonando a terra de Cristina Kirchner por receio de prejuízo. Com as
estatísticas e números oficiais deliberadamente maquiados por orientação da
presidenta, a desconfiança sobre a saúde financeira interna ganha espaço.
Cansadas das sucessivas quebras de contrato e mudanças oportunistas de regras
no comércio bilateral, muitas empresas brasileiras também decidiram tomar o
rumo de volta para casa. Estão revendo seus negócios naquela praça ou caindo fora.
. Quando não, congelam investimentos e planos de expansão
para lá. O coquetel nefasto de defasagem cambial, limitações à remessa de
lucros e operações-padrão nas fronteiras – atrasando e até comprometendo as
exportações de mercadorias – têm levado essas companhias brasileiras ao limite
da paciência com a Argentina. A ameaça em bola de neve provocada pelo
esvaziamento de tantos projetos pode acelerar o processo de falência daquela
economia. Uma possibilidade que não interessa a ninguém, muito menos aos brasileiros
que poderiam sofrer, por tabela, graves consequências – inclusive de imagem
diante dos investidores globais. O caminho de incentivo ao consumo, regras
claras e cumprimento das obrigações deve ser rapidamente perseguido pela
senhora Kirchner antes que lhe falte o oxigênio do capital e acabem as saídas
3 comentários:
Isso que esta ocorrendo hoje com a argentina são os regalitos sem fim, a alguns anos atrás estava conversando com um argentino em floripa, ele disse que iam quebrar o país pelo excesso de donativos aos pobres e o presidente era o marido da la louca.
Preparemos nós para quebradeira após a copa, espero estar com meus filhos formados e em condições se preciso ir embora desta merda.
Assim que acabar o dinheiro, acaba o socialismo, ai teremos que eleger um profissional para organizar o Brasil. Mas quero ver esse povo comendo capim.
Eduardo Menezes
Triste e vã esperança do Sr. Marques. A Argentina vai para o fundo, a não ser que destituam a madame!
Já ha muito tempo, investir na Argentina é risco pleno. Achar que La Loca vai mudar sua estratégia é ingenuidade pura. Vender para a Argentina é não receber, esta é a regra. Somente eles mantem o Mercosul com o Brasil a pleno: no que vendem. As grandes montadoras fabricam lá seus melhores carros e vendem para o Brasil. O Brasil fabrica os populares e exporta pros hermanos em menor volume. O Brasil preferiu seguir o morto-vivo (chaves) com o "Merdosul" e não quis a associação com os States. Deu no que deu.
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