Artigo, Carlos José Marques - O risco Argentina

Ao lado, La Loca, como a presidente é conhecida por seus detratores argentinos. A charge circula na Web e está disponibilizada no Google.

O risco Argentina
Há uma crescente e justificável preocupação com os rumos da economia argentina.

Há uma crescente e justificável preocupação com os rumos da economia argentina. De uns tempos para cá, o medo de que o país entre novamente em moratória e promova calotes de toda ordem – a exemplo do que fez no passado – se intensificou. Nações parceiras e observadores internacionais já precificaram esse risco e iniciam agora um movimento nada discreto de retirada de suas apostas daquele mercado. O primeiro a adotar essa postura foi os EUA, que exigiram recentemente o pagamento à vista para aqueles credores que não aceitaram a reestruturação da dívida do país latino. Em 2002 a Argentina havia deixado de honrar com a dívida soberana devido à profunda crise (mais uma) que enfrentava na ocasião.É essa a conta vencida que está em questão e os americanos querem a quitação imediata dos títulos em default, temerosos de que novos compromissos sejam deixados em atraso por falta de recursos. Em ação paralela, dezenas de grifes internacionais estão fechando suas lojas e abandonando a terra de Cristina Kirchner por receio de prejuízo. Com as estatísticas e números oficiais deliberadamente maquiados por orientação da presidenta, a desconfiança sobre a saúde financeira interna ganha espaço. Cansadas das sucessivas quebras de contrato e mudanças oportunistas de regras no comércio bilateral, muitas empresas brasileiras também decidiram tomar o rumo de volta para casa. Estão revendo seus negócios naquela praça ou caindo fora.

. Quando não, congelam investimentos e planos de expansão para lá. O coquetel nefasto de defasagem cambial, limitações à remessa de lucros e operações-padrão nas fronteiras – atrasando e até comprometendo as exportações de mercadorias – têm levado essas companhias brasileiras ao limite da paciência com a Argentina. A ameaça em bola de neve provocada pelo esvaziamento de tantos projetos pode acelerar o processo de falência daquela economia. Uma possibilidade que não interessa a ninguém, muito menos aos brasileiros que poderiam sofrer, por tabela, graves consequências – inclusive de imagem diante dos investidores globais. O caminho de incentivo ao consumo, regras claras e cumprimento das obrigações deve ser rapidamente perseguido pela senhora Kirchner antes que lhe falte o oxigênio do capital e acabem as saídas

3 comentários:

Anônimo disse...

Isso que esta ocorrendo hoje com a argentina são os regalitos sem fim, a alguns anos atrás estava conversando com um argentino em floripa, ele disse que iam quebrar o país pelo excesso de donativos aos pobres e o presidente era o marido da la louca.
Preparemos nós para quebradeira após a copa, espero estar com meus filhos formados e em condições se preciso ir embora desta merda.
Assim que acabar o dinheiro, acaba o socialismo, ai teremos que eleger um profissional para organizar o Brasil. Mas quero ver esse povo comendo capim.

Eduardo Menezes

Surfista Prateado disse...

Triste e vã esperança do Sr. Marques. A Argentina vai para o fundo, a não ser que destituam a madame!

Anônimo disse...

Já ha muito tempo, investir na Argentina é risco pleno. Achar que La Loca vai mudar sua estratégia é ingenuidade pura. Vender para a Argentina é não receber, esta é a regra. Somente eles mantem o Mercosul com o Brasil a pleno: no que vendem. As grandes montadoras fabricam lá seus melhores carros e vendem para o Brasil. O Brasil fabrica os populares e exporta pros hermanos em menor volume. O Brasil preferiu seguir o morto-vivo (chaves) com o "Merdosul" e não quis a associação com os States. Deu no que deu.

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