Duas semanas depois de revelada a vultosa evolução patrimonial do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, o que gerou suspeitas sobre tráfico de influência, a Controladoria-Geral da União (CGU) se recusa a abrir sindicância para avaliar o caso, apesar de decreto presidencial vigente determinar a investigação a partir de notícia ou de indícios de enriquecimento ilícito e evolução patrimonial incompatível de agentes públicos.
. Para não investigar o caso, a CGU alega que Palocci não era "agente público" na época em que recebeu os pagamentos feitos à empresa Projeto Consultoria Financeira e Econômica Ltda., que prestou serviços de consultoria a bancos, montadoras e indústrias. A consultoria foi aberta em 2006 e em 2010 Palocci mudou o objeto social da empresa, que se transformou em administradora de imóveis. A maior parte dos rendimentos, porém, ocorreu no final de 2010, período em que o ministro adquiriu um apartamento de luxo avaliado em R$ 6,6 milhões.
. Segundo matéria do jornal Folha de S.Paulo, parte dos pagamentos, no entanto, foi feita depois que Palocci assumiu a coordenação técnica do governo de transição, indicado pela presidente eleita Dilma Rousseff. O petista foi oficialmente nomeado para a equipe de transição no dia 3 de dezembro. O ministro da Casa Civil já admitiu a políticos que a maior parte dos pagamentos da Projeto ocorreu nos meses de novembro e dezembro.
Um comentário:
Caro Políbio: A CGU entende que o ministro, à época 'não era agente público' Mas se um deputado não é agente público, quem seriam os agentes públicos? No meu parco entendimento, além de agente político ele é, principalmente agente público, sim senhor. Ou, por acaso, não trata o deputado de coisas públicas? O Servidor público sim, não é agente político, somente agente público. Entretanto aquele que exerce mandato eletivo é, ao mesmo tempo agente político e agente público. A diferença, no caso, é que êle é um agente 'cumpanhero' logo.....
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