- Avisa o analista Roberto Rosen: "Eis o paradoxo do realinhamento politico. Dilma Roussef estaria muito bem no PSDB e se sentirá muito mal no PT, dentro de mais alguns anos, porque detesta ser coagida a fazer o que não quer, especialmente pela ditadura sindicalista."
Revista Exame
por Angela Pimenta
A presidente Dilma Rousseff deve comandar hoje no Palácio do Planalto a instalação da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade, órgão que visa aprimorar a máquina pública federal.
A Câmara, que será coordenada pelo empresário Jorge Gerdau, também contará com a participação de três expoentes do setor privado: Antonio Maciel, da Suzano, Abílio Diniz, do Pão de Açúcar, e Henri Philippe Reichstul, ex-presidente da Petrobras.
Ligado ao PSDB, Reichstul presidiu a estatal do petróleo no segundo governo de Fernando Henrique Cardoso. Para horror dos petistas, foi ele quem tentou mudar o nome da empresa para Petrobrax.Mas Reichstul foi também o executivo que promoveu a bem sucedida reestruturação da Petrobras em quatro áreas de negócios: exploração e produção, abastecimento, gás e energia e internacional.E foi durante sua gestão que a Petrobras começou a pagar aos seus funcionários salários competitivos com os do setor privado. Reichstul deixou o cargo durante a crise que sucedeu o naufrágio da plataforma P-36, em 2001.O convite para que Reichstul participe da Câmara de Competitividade é o segundo gesto de cortesia de Dilma em direção aos tucanos. O primeiro foi o convite aceito por FHC para o almoço em homenagem ao presidente Barack Obama, no último mês de março, no Itamaraty.Marcado pela astúcia política, o segundo gesto de Dilma visa mostrar à população que seu governo julga a melhoria da administração pública uma missão suprapartidária.Mas a presença de Reichstul no Planalto deve desagradar tanto a Lula quanto os setores do PSDB ligados ao ex-governador José Serra, hoje o mais autêntico opositor do governo Dilma.
Um comentário:
O PT, é sempre a mesma coisa. Tão sempre, amarrando a carroça, na frente dos bois... Acordar-se-ão, eles, um dia?
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