Bastidores do Caso da Arapongagem no Piratini: entenda melhor o que a mídia não contou até agora.

A apenas três semanas das eleições do primeiro turno no Rio Grande do Sul, o promotor Amilcar Macedo, munido de mandado que pediu ao juiz de Canoas, tentou “invadir” o Palácio Piratini, em Porto Alegre, a pretexto de vistoriar carros que teriam sido utilizados pelo sargento Cesar Rodrigues, investigado desde o dia 3 de julho pelo Ministério Público Estadual, sob a acusação de extorsão pessoal e política, além de arapongagem na Casa Militar do governo do Estado.

. O promotor de Canoas estava acompanhado de uma dúzia de repórteres, quase todos da RBS, freqüentadores assíduos do seu Twitter.

. O espetáculo midiático, ocorrido depois de um ano todo de incidentes políticos que resultaram em fracassadas CPI e pedidos de impeachment, teve efeitos devastadores para a candidatura de Yeda Crusius (logo em seguida, outro espetáculo midiático inexplicável ocorreu no Banrisul, protagonizado por agentes do mesmo Ministério Público e da Polícia Federal).

. No grotesto episódio ocorrido no Palácio, a própria governadora Yeda Crusius apossou-se das chaves da Casa Militar, impediu o ingresso de Amilcar Macedo no Piratini, convidou os chefes dos demais Poderes (Simone Mariano da Rocha, do MPE; Leo Lima, do Tribunal de Justiça; Giovani Cherini, presidente da Assembléia) naquele mesmo dia, e obteve respaldo político para enfrentar o promotor de Canoas (os chefes de Poderes concluíram que o promotor estava fora da sua jurisdição e que juiz singular não tinha poderes para permitir seu ingresso no gabinete de despachos da goernadora). A Casa Militar caiu.

. O mal estava feito. O episódio prejudicou de modo irremediável as pretensões eleitorais de Yeda e ajudou a eleição de Tarso Genro. Ele somou-se aos demais casos que integram as ações do Eixo do Mal.

. No dia 3 de julho do ano passado, o promotor Amilcar Macedo atendeu denúncia do chefe do Serviço de Inteligência do Comando de Policiamento Metropolitano (o major Adriano Klafke, inimigo pessoal do sargento Rodrigues, ligado ao PT) e conseguiu ordem do juiz para prendê-lo. Rodriguez foi mantido sem pão e sem água pelos primeiros dois dias. O sargento foi chefe do Serviço de Inteligência em Canoas, 2006 a 2008, antes de Klafke, e antes de ir para a Casa Militar em 2008. Assim sendo, por que razão o promotor limitou as investigações ao período em que ele esteve mais ligado ao Palácio, quando antes disto sua posição era muito mais confortável e próxima da cena onde se desenrolou a novela investigada ? As razões parecem óbvias.

O pedido de prisão registrou uma  informação relevantíssima e decisiva para o convencimento do juiz, mas falsa, de que o sargento Rodriguez possuía uma senha privada da Procergs, que lhe permitia acesso a arquivos de autoridades (auditores da Procergs, mais tarde, desmentiram totalmente a informação). O leitor pode examinar o fac símile do pedido de prisão e checar este dado por conta própria. CLIQUE AQUI para examinar. A outra informação, a que se relaciona com arapongagem de dados sigilosos, resultou desmoralizada, porque logo se percebeu que 18 mil pessoas possuem as mesmas senhas usadas pelo sargento da Casa Militar.

. Durante vários meses, embora tenha prometido protocolar a denúncia em 15 dias, o promotor Amilcar Macedo movimentou repórteres da RBS e o seu próprio Twitter, elencando nomes ligados ao governo estadual, que nem sequer foram citados na denúncia: 1) O promotor sequer menciona a confissão feita pela própria RBS de que usava os serviços de arapongagem da Casa Militar. 2) Não há uma só linha sobre as relações do sargento com os serviços de inteligência estaduais e federais em operação no RS, inclusive a respeito do sistema Guardião, usado pelo Ministério Público para gravar telefonemas do próprio sargento, e pelo sargento para gravar telefonemas do próprio Ministério Público. 3) O promotor não faz uma única referência a possíveis desvios de dinheiro das extorsões – que não são provadas na denúncia – para finalidades eleitorais. 4) Nada, nem uma só palavra existe sobre o soldado Vargas, que admitiu ao promotor ter perseguido a deputada Stela Farias (Vargas é parente consaguínio de um jornalista da RBS e é bem conhecido na casa).

. O Promotor Amilcar Macedo nunca se preocupou em poupar nomes de assessores próximos da governadora Yeda Crusius. Todos eles foram submetidos à exposição pública vexatória, ameaçados de depoimento sob vara e submetidos a linchamentos públicos,  já que foram apresentados como possíveis quadrilheiros de uma provável conexão política destinada a espionar adversários de Yeda, alavancar dinheiro espúrio para a campanha eleitoral e espionar e perseguir adversários. Nada disto era verdade, como se vê agora na denúncia.

CLIQUE AQUI para ler a denúncia protocolada agora pelo promotor Amilcar Macedo.
CLIQUE AQUI para examinar o pedido de prisão preventiva do sargento da Casa Militar. 

23 comentários:

Anônimo disse...

investigação feita por brigadianos sob comando de promotor tuiteiro só poderia dar nisso. que fiasco! essa denúncia sequer descreve como aconteceu suposta exigência, será que o juiz terá que investigar no processo e fazer função do mp?

Anônimo disse...

Tenho pena da defesa dos acusados, pois terão que que rebolar para entender essa denúncia. Será que foi algum estagiário do MP que a redigiu?

Anônimo disse...

Políbio, tu esperava diferente? Como poderia ele apresentar uma denúncia consistente se vivia no twitter dando atenção para amigos da RBS? Agora que ele cumpre seu expediente, fazendo por merecer seu salário, talvez tenha mais tempo para se dedicar e cumprir suas obrigações dentro do MP.

Anônimo disse...

Esse promotor perdeu a moral quando começou a se exibir na imprensa, convocando coletivas... Ali todo mundo viu quem ele é...

Anônimo disse...

EMPRESÁRIO? OBSERVE A FORMA DE TRATAMENTO QUE ESSE PROMOTOR USA PARA IDENTIFICAR UM MAFIOSO DAS CAÇA-NÍQUEL.

Anônimo disse...

E a Brigada Militar deu medalha pra este promotor pelo serviço competente.Tem gente na brigada que só esperou ser promovido pra ir pra reserva.jogada de mestre!!(Mestre de obras)porque está vindo tudo a tona.

Anônimo disse...

O editor deveria entrevistar este juiz que decretou a prisão para saber o que ele diz, afinal se os auditores da Procergs desmentiram aquela informação da senha que invadia e-mails, o magistrado deve tomar alguma providência. Ou será que os direitos fundamentais de um cidadão não valem nada para o juiz?

Anônimo disse...

O JUIZ QUE MANDOU PRENDER DEVIA SER DO PT TAMBÉM

Anônimo disse...

por essas e outras que não se deve ter pena de morte no brasil, vejam como se pode manipular uma investigação

Anônimo disse...

ESSE MAJOR DO SERVIÇO SECRETO DA BM NÃO É O MESMO QUE ESTAVA COTATO PARA ASSUMIR UM CARGO NO GOVERNO TARSO, CHEFIANDO O DEPARTAMENTO DE INTELIGÊNCIA?????????????????

Anônimo disse...

Tá bom, me diga quando sai o livro do editor sobre o assunto, que é requentado e vem pronto e temperado!!! Ajudo e compro um exemplar para não encalhar afinal sou oposição ferrenha!!!!

Anônimo disse...

sao coisas assim...dirigidas por interesses políticos...que desprestigiam o ministerio público como um todo...tornando seus membros desmerecedores do respeito da comunidade...

Anônimo disse...

Tentaram,a exemplo de Collor,dar um golpe branco na governadora Yeda Crusius!Conseguiram contra o presidente Fernado Collor,fracassaram contra a governadora Yeda Crusius!Collor se viu constrangido a abrir mãro de seu mandato,além de ficar inelegível por aproximadamente uma década;Yeda Crusius foi prejudicada na sua tentativa de reeleição!Contra Collor foi fácil,pois pertencia a um partido minúsculo,o PRN,além do fato de Collor não ter tido maioria parlamentar,bem diferente dos governos FHC e Lula,por exemplo!
RESUMO DA ÓPERA:
Collor e Yeda são dois políticos injustiçados!Seus algozes podem ter se safado da justiça dos homens,mas da justiça divina,ah!,desta não escaparão!


Almirante Kirk

Anônimo disse...

Desculpem se estou errado, pois não é o meu território. Os 40 mil mensais não estão na denuncia? A denuncia deixa dúvida no que diz respeito a extorsão do deste valor pelo SGT. Achou ou não achou o dinheiro na conta do SGT ou familiares? Ou quem sabe vai provar que o dinheiro "poderia" ter ido para a Casa Civil? A sociedade quer, agora, a verdade...

Anônimo disse...

Joguem fora a laranja podre, no cesto irá contamir o resto.

Anônimo disse...

Prezado Políbio, ainda bem que existem blogs como o teu, mostrando a verdade sobre fatos, sem maquiagens, pois se fôssemos depender dessa tal RBS, que só engana a população, nós estaríamos fritos. Interessante que esse promotor teve a cara de pau de mentir para um magistrado, tudo para conseguir prender o militar, desta forma desencadeando todo espetáculo. Agora as coisas começam a fazer sentido, há muito mais que uma simples indignação do crime organizado contra policiais atuantes. Pelo que observo há também uma rusga entre agentes de inteligência. Onde está a corregedoria da Brigada?

Anônimo disse...

Quem não sabe que esse tal Português vive acobertado por políticos? Para quem quiser conferir basta dar uma chegada na prefeitura do município. Será que existem máquinas de caça-níquel instaladas por lá?

Anônimo disse...

Sou Oficial da Brigada, conheço o trabalho do "C" Rodrigues e desde o dia que o prenderam postei aqui: "Tosa de porco, muito grito e puca lã" ! O Sgt não pegava bola quando estava na função de P2 e menos visível portanto, daí iria pegar quando estava em plena evidência na CM? A prisão dele foi fruto de leviandade, atendeu alguns interesses com certeza, o dos maquineiros e seus defensores.

Anônimo disse...

Pela leitura dos textos acima, a Brigada partidarizou. Assim como todos o resto das instituições públicas.
Neste caso, desnecessário manter a estabilidade do funcionalismo público. Estabilidade foi dada para não ocorrer interferência política.

Rogério Brodbeck disse...

Só achei estranho que nenhum dos comenatristas da notícia se identificou, todos são anônimos... Concordo com o colega da BM que disse ser tosa de porco, uma característica de algumas das ações dos MPs (tanto estadual como federal). Antes, há muitas luas, o Ministério Público pautava suas atuações pela discrição epela sobriedade. Depois da Constituição, parece que a fama subiu pra cabeça e alguns dos ses integrantes não resistem aos refletores e microfones...

Anônimo disse...

Tem uma coisa que não faz sentido. Nas entrevistas concedidas pelo nobre promotor de justiça ele sempre se referiu ao contraventor como "empresário", sendo dito que este tal "cidadão" procurou o MP para denunciar o sargento. Pois bem, se houve provocação do órgão ministerial eu não consigo entender por qual razão tiveram que cumprir ordem de busca desta pessoa para buscar as imagens captadas por câmeras de segurança? Não bastava ele entregá-las? Ou será que alguém está mentindo e o promotor saiu a caçar essas imagens, juntamente com agentes de inteligência desafetos do sargento?

Anônimo disse...

Caro "Rogério Brodbeck",às 13:15,
com a promulgação da Constituição socialista,em 1988,ficou muito fácil os descalabros legais,morais,éticos etc. oriundos do "trabalho" dos promotores e demais operadores do Direito,adeptos do "DIREITO ACHADO NA RUA" aprendido nas universidades bananeiras via professores marxistas culturais*!

* Favor ouvir a palestra sobre "Marxismo Cultural",com o erudito Pe. PAULO RICARDO:

http://padrepauloricardo.org/audio/marxismo-cultural/


Almirante Kirk

Anônimo disse...

Esta foi apenas mais uma das evidentes armações com objetivos políticos. Aliás, "empresário" de caça-níquel deve ter tido sua idoneidade bem apreciada na hora da conversa que teve com o Promotor, se é que teve, se é que foi sobre isso, se é que tudo isso vale a pena. Essa está igualzinha a história das fitas que o PSOL dizia ter contra a governadora Yeda e nunca apareceram e que deixaram para confessar que não tinham só depois das eleições, lá na distante Santa Maria, entre quatro paredes, para um juíz solitário e sem a imprensa na porta...porque daí já não interessava mais.

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