A curta e grossa defesa da deputada Luciana Genro na Comissão de Ética da Câmara, nem de longe faz referência a qualquer desejo da deputada por ir à luta sem abrir mão da sua imunidade parlamentar. Na iminência de responder no STF duas queixas crimes (Aod Cunha e Humberto Busnello), a deputada bem que poderia evitar que o caso subisse até lá, bastando abrir mão da imunidade parlamentar - o que não fez e nem fará.
- Genro é uma velha inimiga dos parlamentares que usam sua imunidade parlamentar para escapar de atos criminosos.
Um comentário:
Meu caro jornalista, a imunidade parlamentar é conferida às opiniões e denúncias. Não se estende à "prática de atos criminosos".
Seja como for, Luciana tem feito o certo: escancarou fatos gravíssimos e está apontando onde eles vão comprovados.
O único crime possível seria o de calúnia. Para este tipo penal, no entanto - e Luciana já se referiu a isso -, há o instituto chamado de exceção da verdade, que autoriza ao acusador se valer dos meios que dispuser para demonstrar a veracidade do que disse.
Ao que tudo indica, a deputada está esperando esta oportunidade. Em breve, usará da prerrogativa, já que Aod teria encaminhado uma ação penal contra ela.
O que permanece causando estranheza é o fato da governadora não ter feito nenhum movimento que revele a sua indignação pelas denúncias.
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