Venezuela: como se constrói uma ditadura que mistifica o voto e fortalece as armas e o medo.

Roque Callage Neto*

O procedimento não é novo e usa da astúcia, do medo e do oportunismo calculado.A novidade é estar sendo utillizado na América do Sul e nos regimes ibéricos.Mussolini, Hitler, o próprio Stroessner usaram por muito tempo.Os regimes carcomidos dos comissários do povo na Europa Oriental também o utilizaram, e Fidel Castro o usa minuciosamente, com aparência um pouco diferente pelo requinte de ter listas nos distritos eleitorais prevendo quem pode ou não pode votar ou ser candidato - escolhidas em conselhos que contém os integrantes da polícia secreta.Aqui em questão, trata-se do recurso de referendo ou plebiscito, que é uma máquina propagandistica de quem utiliza o Estado, sabendo de antemão que a tendência é pressionar o nível de conhecimento para baixo,para as multidões ignorantes sobre temas sensíveis e mais complicados, porque não saberão compreender os níveis de construção contidos nestes temas.Sem entrar aqui em considerações acadêmicas muito amplas, quando se tem uma realidade culturalmente heterogênea,dividida entre grupos sociais muito diferentes, onde uma grande maioria é analfabeta, ou desprovida de recursos interpretativos maiores para compreender significados de chancelar ou rejeitar a presença indefinida de um líder para um sistema político ; e o significado de chancelar ou rejeitar a continuidade indefinida de todo o corpo político que o sustenta, incluindo governadores, prefeitos, deputados da Assembléia Nacional . E ainda o que isto significa para valores como liberdade pessoal,liberdade de associação, fiscalização da conduta do Estado,mobilidade social,federalismo,serviços à cidadania,cidadania civil e política, entre muitos outros aspectos, e não sabe como processar a síntese destes valores, a tendência evidente é praticar o reducionismo disto na ditadura personalista carismática do líder providencial.Que no caso da América do Sul, não é muito diferente do soberano absoluto representante do corpo místico do Estado nos séculos XVII e XVIII dos reinados espanhóis nas colônias.

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2 comentários:

Anônimo disse...

O Chaves é o Cara!!!

Anônimo disse...

E, depois quando rotulam os países sul-americanos de republiquetas das bananas, ficamos revoltados. É governichos, ditadorzinhos de quinta categoria como o CHAVES, que fazem a fama. Ainda mais com o apoio de governos populistas como o nosso.Chaves tentou várias vezes o poder absoluto e por tempo indeterminado. Insistiu tanto que conseguiu. Fazendo um trocadilho: "água mole em pedra dura tanto bate até que" FRAUDA. Com o dinheiro do petróleo venezuelano na mão, este ditadorzinho pode tudo. Lula que o diga.

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