Muito pouca gente ainda não entendeu que as férias coletivas concedidas com cada vez maior freqüência, apenas representam a ante-sala de demissões inevitáveis.
. Em alguns casos, como no caso da GM de Gravataí, o ajuste entre produção x demanda garantiu os empregos, mas na maior parte das empresas, como no caso do grupo Gerdau, as demissões se tornaram inevitáveis.
. O editor conversou nesta quarta-feira com o industrial gaúcho José Antonio Fernandes Martins, que participou da reunião do Conselho Estratégico da Fiesp (a reunião durou três horas) e percebeu claramente que este primeiro trimestre será de cão para a economia brasileira, mas que além disto ninguém sabe ao certo o que virá depois disto.
. A Fiesp lidera nacionalmente a discussão com o governo e com os líderes sindicais, cujo objetivo é produzir o mínimo de dano para os trabalhadores. O problema não é saber se ocorrerão demissões, mas circunscrever o drama. Além das férias coletivas e redução de jornadas (com a redução igual de salários), propostas muito mais ousadas foram colocadas na mesa, como a de prolongadas licenças não remuneradas ou parcialmente remuneradas.
. CUT e Força Sindical já entenderam o tamanho do problema, mas o governo, que parece estar ainda em férias, ainda não sabe o que fazer.
. Tão logo assuma o presidente americano e detalhe seus planos, o governo brasileiro (também os governos estaduais e municipais) serão obrigados a encarar a crise global com uma visão do todo, montando estratégias de combate.
. A economia brasileira ainda dá sinais tortos sobre a crise do emprego.
CLIQUE AQUI para ler a entrevista do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que acha que alguns empresários bancam os espertinhos, aproveitando a crise para chantagear o governo. O clipping é do jornal Estado de S. Paulo desta quinta-feira.
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