OPINIÃO DOS LEITORES
Florestamento: celulose de álcool
1) Cabe lembrar que reflorestamentos provocam mudanças microclimáticas devido ao aumento da evapotranspiração das árvores e, consequentemente aumentam a umidade relativa nestas áreas, auxiliando no regime de chuvas que deverá ser maior principalmente nesta região semi-árida da metade Sul. Este sistema permite maior retenção e infiltração da água da chuva nas áreas reflorestadas. Já em campos abertos a perda é muito grande, gerando deficit contínuo de água na época do verão. Além disso os mananciais hidricos serão abastecidos pela maior infiltração de água no lençol freático, porque a mata ciliar será recomposta pelas empresas com vegetação nativa, vegetação essa destruida pelo 300 anos de exploração dessa região com criação de gado.
2) Além de celulose e madeira, descortina-se um novo mercado para estas regiões com reflorestamentos que é a produção de álcool obtido da celulose, que é a novo filão que os países nórdicos (Finlândia, Dinamarca e Suécia) investirão para prover a Europa deste biocombustível. O álcool de celulose é visto como o grande salto tecnológico dos biocombustíveis para o futuro. Assim a longo prazo também poderão ser implantados nestas regiões usinas de produção de álcool de celulose. Esta é uma área que o Sedai deve garimpar no mercado internacional em busca de investimento neste sistema de produção de alcool. Eng. Agr. João Luiz Reichert, Passo Fundo, RS
Florestamento: óleo para indútria química e de alimentos
Também sou contra o uso de banhados para a agricultura, que, aliás, são areas de preservação. Nem só de eucalipto se fazem reflorestamentos. Porém, existem cerca de 600 espécies do genero, que são plantadas desde o nivel do mar até a 2000 m de altitude, sendo que algumas não toleram solos encharcados e preferem solos magros e/ou pedregosos pois o excesso de umidade provoca doenças nestas espécies. Do óleo extraido das folhas, grande parte é exportada, para ser usada na indústria farmaceutica, quimica e alimentícia.Airton Horst, Ijuí, RS.
Proliferação de caturritas
O Brasil é mesmo azarado. O eucalipto, planta originária dos desertos da Austrália, depois que aqui chegou, virou um "bebedor de água, sem limites". Querem saber a verdade? Pesquisem em Itaqui e Uruguaiana, que possuem mais de 1,5 milhão de pés plantados, há mais de 90 anos, quais foram os prejuizos que eles lá causaram. Talvez o único, foi da proliferação de caturritas, o que deve agradar demais os "ecológicos"... Paulo Tietê, Porto Alegre, RS.
Campos de boi
Diga ao ao teu leitor José Elt de Estrela que até três após a implantação do reflorestamento poderá ser cultivado feijão e outras culturas até que a sombra impedirá o crescimento. E lembrá-lo que a maioria destas áreas são de campo da metade Sul e que não produzem trigo, feijão, batata, arroz porque são áreas semi-áridas. Muito das áreas com vegetação nativa foram eliminadas pelos 300 anos de exploração com gado bovino. Mário Castro, Santa Maria, RS.
Nenhum comentário:
Postar um comentário