Relator da CPI causa furor ao revelar desmandos do Detran no governo do PT


Fenaseg pagou até cesta de Natal na gestão do PT.

O PT foi surpreendido na manhã desta sexta-feira na CPI do Detran, porque o relatório preparado pelo deputado tucano Adilson Troca demonstrou pela primeira vez que também o governo Olívio Dutra promoveu ali desmandos financeiros de toda ordem.

. O governo do PT usou dinheiro do Detran até para cestas de natal e ginástica laboral.

. Há bastante tempo o deputado do PSDB buscava informações sobre os repasses feitos pela Fenaseg durante o governo do PT, mas só agora obteve as informações. O editor desta página está com estes dados, coincidentemente, também desde ontem, quando procurou a direção do Detran para se informar. Mas as informações ainda estão incompletas, já que cobrem apenas os dois primeiros anos do governo Olívio, quando as bandalheiras no Detran mal tinham começado.


. Os gastos estão todos discriminados a partir da página 117 do relatório.

. O relatório de Adilson Troca garante que não foi a influência política do PSDB que permitiu a ingerência do lobista Lair Ferst no esquema de fraudes do Detran. A primeira vez que o nome dele apareceu foi em 2001, quando o órgão contratou serviços de sua MD Serviços de Segurança Ltda.

. A empresa recebeu R$ 229,8 mil, pagos com recursos repassados pela Fenaseg ao Detran. Dinheiro sobre o qual não era exigida prestação de contas e que, ao todo, somou R$ 3,4 milhões, distribuído entre 37 empresas, apenas durante o governo de Olívio Dutra.

. Outros valores chamam a atenção, tanto quanto o surgimento do nome de Ferst. Apenas durante a Operação Verão de 2001, a Auto Locadora RLC, de Canoas, recebeu R$ 223 mil.

. O Centro de Digitação e Microfilmagem (CDM) foi contemplado com R$ 454,6 mil, em diversos contratos, sendo que um deles soma redondos R$ 360 mil. O mesmo valor (R$ 360 mil) foi pago, também de uma vez, à Brunos Leilão de Veículos Apreendidos.

. O maior dispêndio, em 18 contratos seguidos, foi à Performance Recursos Humanos e Assessoria Empresarial, que abocanhou R$ 780 mil. Em serviços de xerox, Mauri Cruz autorizou o pagamento de R$ 150 mil. Na contratação de estagiários, gastou R$ 78,4 mil.

. Os recursos também foram utilizados no pagamento de uma academia de ginástica laboral e na compra de cestas de natal!. Apesar do escândalo, nem a Operação Rodin, da Polícia Federal, nem a CPI do Detran investigou o período. Os documentos ainda não pararam de chegar.

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