O deputado federal José Otávio Germano fez um desabafo emocionado, em Bento Gonçalves, na manhã deste sábado, durante o 2º Congresso Estadual Progressista.
. Germano se disse vítima de perseguição política do PT. Reiterou que não deve nada, pelo próprio entendimento da Polícia Federal e do Ministério Público, que não indiciaram. O parlamentar disse que não aguenta mais a tentativa desesperada e irresponsável da oposição em ligar o seu nome aos desvios de recursos cometidos no Detran-RS.
. Aos seus colegas de partido, desafiou: "Se alguém tem alguma dúvida do que estou dizendo, sobre a minha conduta pessoal, que me pergunte aqui e agora". Evidentemente, ninguém fez isso. As suas palavras de indignação, porém, não encontraram eco na platéia. O deputado não contou com muito apoio ao seu discurso.Ele foi ouvido atentamente, mas em poucos momentos o interrompeu com aplausos, mesmo assim, tímidos e constrangidos, puxados por assessores seus.
. O congresso progressista, que tinha como objetivo debater as teses do partido e reafirmar a ideologia progressista, acabou dominado pela crise no governo gaúcho, a partir do grampo particular feito pelo "Juruna dos Pampas", o vice-governador Paulo Afonso Feijó, em uma conversa com o chefe da Casa Civil, Cézar Busatto. Este foi o assunto em pauta durante praticamente todo o encontro.
. O presidente estadual da legenda, deputado estadual Jerônimo Goergen, tentou a todo momento tirar uma posição mais forte do partido, mas foi desautorizado por correligionários mais experientes, que pediam calma na análise dos acontecimentos. O secretário de Relações Institucionais e ex-presidente por 12 anos do PP, Celso Bernardi, foi um dos que, publicamente, pediu cautela ao jovem presidente progressista.
. A executiva do partido reúne-se hoje à tardinha, na sede do partido, em Porto Alegre, para discutir a posição do PP frente à nova crise instalada no Piratini.
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