Padre Pedro era o pároco da Igreja de São Benedito.
Em uma manhã de segunda-feira, em uma roda de senhoras,
resguardado por uma discreta máscara, padre Pedro se queixava da falta que
sentia do convívio com os fiéis nas missas dominicais - agora realizadas
virtualmente, quando foi interrompido por um homem acompanhado de um cão.
– As pessoas hoje em dia têm mais interesse em assuntos
do diabo do que de informações sobre o céu – disse o desconhecido de olhos
brilhantes, enquanto o cão, orelhas baixas, sentava na calçada.
– Como você se chama, meu filho?
– Nasci em vinte e nove de agosto, seu padre.
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