TRF4 julgará em abril a apelação da GM e de Luiz Moan, condenados por formação do cartel dos cegonheiros

A 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) marcou para a manhã de 24 de abril o julgamento das apelações à condenação do cartel dos cegonheiros ocorrida na Primeira Instância, em junho de 2016. 

A Ação Civil Pública foi movida pelo Ministério Público Federal (MPF) contra General Motors do Brasil, Luiz Moan Yabiku Júnior (ex-diretor para assuntos institucionais da montadora), Associação Nacional das Empresas Transportadoras de Veículos (ANTV) e Sindicato Nacional dos Cegonheiros (Sinaceg). Todos foram condenados por formação de cartel. A denúncia foi feita no ano 2.000 pelo Sindicato dos Cegonheiros do Rio Grande do Sul (Sintravers), que depois se aliou ao cartel, após ser cooptado a exemplo de outras entidades regionais, passando a defender os ideais que criticou no passado. Os procuradores da República querem quadruplicar a multa imposta à GM e a Moan, e condenar ANTV e Sinaceg ao pagamento de R$ 15,9 milhões, além de outras sanções.
GM descumpre liminar

Ajuizada em 2002, a ACP levou 14 anos para ser sentenciada. Antes, a Justiça Federal de Porto Alegre deferiu liminar obrigando a General Motors do Brasil a contratar transportadores não vinculados ao sistema ANTV/Sinaceg, para escoar inicialmente 10% da produção da planta de Gravataí. Na mesma decisão, a montadora precisou estender a exigência às demais fábricas instaladas no país, num percentual inicial de 1%.

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