Mercado ‘ataca’ países emergentes e BC intervém no dólar

O Brasil experimentou por pouco tempo o efeito esperado pela retirada do IOF nas operações de renda fixa para estrangeiros. Depois de cair quase 2%, o dólar voltou a subir – para depois recuar outra vez, sob influência do BC. Se serve de consolo, esse não é um “privilégio” nosso. Hoje está acontecendo uma “barata-voa” nos mercados internacionais.

. “Os mercados lá fora estão ‘atacando’ os emergentes. As moedas do Brasil, Turquia, México, Chile, África do Sul estão sofrendo desvalorização. Em compensação, eles estão ‘protegendo’ os países do G10 (os mais ricos), onde as moedas estão valorizando, ou caindo bem pouco”, disse ao G1 um experiente operador de câmbio no Brasil. Nas mesas de operações dos bancos há também rumores de que um grande fundo de investimentos estrangeiro, talvez um dos maiores do mundo, tenha saído de uma posição grande no Brasil. Isso significa que ele vendeu ativos em reais para deixar o país com dólares, o que aumentou a pressão de alta da moeda americana.

. Para conter a ‘boiada’ (ou as baratas) o Banco Central teve que intervir. Não era exatamente com isso que o governo contava. A retirada do IOF (a ‘carta na manga’) deveria supostamente favorecer o mercado de câmbio e aliviar o trabalho do BC. Essa volatilidade parece estar longe de acabar. Por dois motivos básicos:

- Primeiro porque há um movimento mais desorganizado lá fora, à espera do que está acontecendo na economia americana. Os investidores estão se desfazendo de posições de maior risco até terem uma sinalização mais clara sobre a recuperação dos EUA. 

- O segundo motivo é só nosso. A desconfiança e insegurança sobre a condução da política econômica no Brasil ainda estão mais fortes do que um alívio tributário (fim do IOF) pode causar nas intenções de investimento. A presidente Dilma Rousseff declarou que não tomou “nenhuma medida para segurar o dólar”. Talvez ela tenha um pouco de razão, já que mesmo liberando a entrada, os estrangeiros ainda não quiseram vir, pelo contrário.

* Clipping Miami Herald.

Um comentário:

Luiz Vargas disse...

Isto não nos afetará pois os quadrilheiro$ PeTralha$ há muito tornaram o país submergente.
E da-lhe empréstimos do BNDES para Cuba, Bolívia, Equador e países africanos.

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