Marco Antonio Villa
A República brasileira nasceu sob a égide do coronelismo.
O federalismo entregou aos mandões locais parcela considerável do poder que, no
Império, era exercido diretamente da Corte. Isto explica a rápida consolidação
do novo regime justamente onde não havia republicanos. Para os coronéis pouco
importava se o Brasil era uma monarquia ou uma república. O que interessava era
ter as mãos livres para poder controlar o poder local e exercê-lo de acordo com
seus interesses.
Mesmo durante as ditaduras do Estado Novo e militar, o
poder local continuou forte, intocado. A centralização não chegou a afetar seus
privilégios. Se não eram ouvidos nas decisões, também não foram prejudicados. E
quando os regimes entraram em crise, na “nova ordem” lá estavam os coronéis.
Foram, ao longo do tempo, se modernizando. Se adaptaram aos novos ventos
econômicos e ao Estado criado a partir de 1930.
O fim do regime militar, paradoxalmente, acabou dando
nova vida aos coronéis. Eles entenderam que o Congresso Nacional seria ─ como
está sendo nas últimas três décadas ─ o espaço privilegiado para obter
vantagens, negociando seu apoio a qualquer tipo de governo, em troca da
manutenção do controle local.
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3 comentários:
Correto! Estamos nas mãos dos nordestinos e nortistas. Mandam no Brail por terem 58% no Senado.
Só nos resta uma GUERRA CIVIL, para mudar, de Capitanias Hereditárias para uma verdadeira República, um eleitor um voto!
Em minha opinião, Villa é quem mais tem apontado o dedo para esta imundice que é a política brasileira.
Um estudioso, portanto, um conhecedor, capaz de destruir o discurso mentiroso do governo com meia dúzia de palavra
Bravo!
Quem pode impedir que os Calheiros continuem semeando miséria em Murici é o povo, mas se este povo é mantido ignorante, analfabeto e alienado não vejo saída.
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