Investigando os inícios, as pistas mais remotas do tão
lamentado "culto à personalidade" dos tempos de Joseph Stalin, Robert
Turcker, um prestigiado historiador da Rússia soviética, chegou a uma data e a
uma carta. Era uma reprimenda que Stalin passara num pesquisador chamado A .G.
Sluski, publicada num jornal em outubro de 1931. O infeliz ousara sustentar,
anteriormente num artigo, que Lenin cometera certos equívocos na avaliação das
ações dos sociais-democratas alemães em 1914. Stalin, altercado, deu-lhe um
puxão de orelhas por duvidar da percepção do genial líder da revolução de 1917.
Vladmir Ilitch não se enganava nunca!
Este foi o sinal enviado aos pesquisadores, cientistas e
escritores russos, para que entendessem que se Lenin foi infalível, Stalin, seu
herdeiro na dinastia ideológica, também o era. A partir dali a história
soviética, e tudo o mais, tornou-se um ramo da ficção. Ai de quem deixasse de
citar uma frase ou parágrafo extraído dos iluminados comandantes bolcheviques,
em qualquer manual, ensaio ou relatório cientifico que fosse. Na história ou na
mineralogia, na geografia ou na astronomia, a sabedoria deles era ilimitada.
Aproveitando-se da institucionalização da bajulação -
segundo alguns psicólogos uma necessidade patológica de Stalin, por ser um
inseguro filho de um sapateiro, um ex-servo, que agora ocupava o trono dos
czares -, Lavrenti Beria, até então um inexpressivo chefe da GPU (polícia
política) da Geórgia, terra natal de Stalin, pôs-se a organizar um livro.
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