Preterido na mais recente leva de encontros de Dilma
Rousseff com empresários, Roberto Setubal pediu agenda com a presidente e o
encontro será hoje às 15h; banqueiro fará de tudo para provar que não é
"do contra", que acredita na redução dos juros e que sua instituição
não conspirou pela queda do ministro da Fazenda, Guido Mantega; tudo para fugir
ao isolamento.
No mínimo, ciúmes. Na mais recente leva de
encontros da presidente Dilma Rousseff com empresários, antes do anúncio da
redução das tarifas de energia, o Palácio do Planalto promoveu encontros com
vários pesos-pesados da economia. Nomes como Marcelo Odebrecht (da Odebrecht) e
Rubens Ometto (da Cosan), mas também com banqueiros, como Luiz Carlos Trabuco,
do Bradesco, e Emilio Botín, do Santander. Roberto Setúbal, do Itaú Unibanco,
ficou de fora da lista de convidados e viu seus concorrentes aproximarem os
laços com o Planalto. Enquanto o Bradesco anunciou novas reduções das taxas de
juros, o Santander previu US$ 5 bilhões em financiamentos à infraestrutura.Nesta quarta-feira, Roberto Setúbal tentará correr atrás
do prejuízo. E conseguiu, a seu pedido, e não a convite, uma agenda com a
presidente Dilma Rousseff. Na prática, irá se explicar. Terá que dizer,
essencialmente, que não faz parte da turma "do contra". De todas as
instituições financeiras, o Itaú Unibanco é a que mais resistiu à política de
cortes nas taxas de juros. Com o ex-ministro Pedro Malan no seu conselho, o
banco é associado à época de ouro do Consenso de Washington, em que os bancos
emprestavam pouco e tinham ganhos gigantescos com operações de tesouraria. A
corretora do Itaú também fez apostas pesadas na queda das ações da Eletrobrás.
. A resistência do Itaú Unibanco às mudanças, no entanto,
foi além. No Planalto, muitos enxergam no banco a origem à campanha pela
demissão do ministro da Fazenda, Guido Mantega, com reportagens em publicações
internacionais, como The Economist e Financial Times, seguidas de vários
artigos, com a assinatura do Instituto Millenium, na imprensa local. No
encontro de hoje, Roberto Setúbal terá que exercer um talento especial:
demonstrar apreço tanto pelo governo Dilma, como pelo ministro Mantega. Além
disso, caberia explicar porque seu economista-chefe, Ilan Goldfajn, ex-diretor
de política monetária do Banco Central, é também um mais persistentes atletas
num esporte chamado pessimismo econômico.
CLIQUE na foto para ver Roberto Setúbal, do Itaú.
CLIQUE na foto para ver Roberto Setúbal, do Itaú.
5 comentários:
Se um magnata (de fato e de berço) tem medo de ir contra o PT é porque sabe que Dilma concentra poder capaz de dobrar qualquer ricaço brasileiro.
E ainda ouço por aí que alguém vai tirar o PT do poder! Santa ingenuidade, Batman.
RicardoBF
O achaque que esse governo faz é no sentido de pressionar os grandes empresários para contribuir com o caixa dois para reeleição de Dilma.
Somente os cegos e míopes não enxergam que essa balela de pibão deverá ser feita pelos empresas privadas, certamente será feito com uma série de isenções fiscais e dinheiro do BNDES (dinheiro do governo!!!).
Achei estranho que o grupo Votorantin não participou, certamente porque sempre foram contra o PT. Alguém já viu o Sr. Ermírio de Morais nestas pajelanças no Planalto, nunca. Jamais foi baba-ovo dos poderes de Brasília, e quanto mais distantes da política melhor.
Esse senhor que possui uma das maiores empresas no país, disse certa vez que andava de Uno (isso mesmo aquele carrinho da Fiat) e ao chegar em um hospital Beneficência Portuguesa em São Paulo, alguém abordou dizendo que ele era muito parecido do Ermirio, ele brincou ainda dizendo que muitos confundiam ele com o original.
Este empresário dedica parte do tempo à Sociedade Beneficência Portuguesa de São Paulo, à Associação Cruz Verde de São Paulo, à Fundação Antônio Prudente, às Casas André Luiz, entre outras organizações não governamentais, como o Instituto Baccarelli.
Enquanto isso no ABC um certo sindicalista não fazia nada e só queria mamar nas tetas do sindicato e falar do timão.
Prezado Justiniano. Vc está enganado. O Sr. Ermirio é useiro e vezeiro em mamar nas tetas dos governos, inclusive o atual. Recentemente, o Banco do Brasil de Lulla injetou - para o Banco não quebrar - 7 bilhões de Reais, para ficar com (acredite!!) 49% da participação no Banco!! Ou seja, sem poder de mando no Banco..Foi uma Negociatona...
Pois é Justiniano. Agora que você deu a ficha do Antonio Ermirio é só questão de dias para os petistas fazerem de tudo para colocar ele de joelhos. Pode esperar.
A Vale do Rio Doce parece que tbém não vai com este governo. Sabe que este governo quer cancelar a privatização e mantém cerca de 60 congressistas (todos os partidos) na lista de apoio.A Chevron (vide wikiliks) também não suporta este governo pois gostaria de ver o petróleo funcionando de outra forma. As Elétricas parecem que também detestam este governo. Enfim, ainda existem vários e poderosos que resistem a este governo.
Postar um comentário