Artigo, José Arthur Gianotti - Corrupção e política

* Clipping O Estadão deste domingo.

Muitas vezes já observei, embora poucas vezes tenha sido entendido, que uma ação política pode atravessar uma zona cinzenta, passar pelo purgatório, antes de se determinar como moral ou imoral. Por isso se torna imoral o partido que se apresenta como encarnação da pureza política. Engana ao esconder a possibilidade de que suas atuações se tornem imorais, se no fim do processo alguns de seus efeitos não forem corrigidos. E engana ainda mais quando, no poder, mostrar-se tão corrupto como seu adversário. Aumenta o risco de transformar a política numa possível guerra civil, pois, ao acusar o adversário de essencialmente corrupto, admite a possibilidade de que ele seja eliminado do espaço público. Compreende-se por que os partidos políticos ideologicamente mais consistentes deveriam cortar na carne quando seus partidários são apanhados com a boca na botija. Cuidariam de sua imagem para não se tornarem alvo de uma acusação destrutiva.

É bem verdade que nem sempre se pode julgar se uma determinada ação política vem a ser moral ou imoral. No caos urbano de São Paulo, por exemplo, a instalação do monotrilho, benefício para toda a população que viaja, valoriza certas propriedades e desvaloriza outras. A injustiça que afeta estas últimas pode ser compensada por outros meios, como a redução no pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) ou benefícios de outra ordem. Mas enquanto essas compensações não forem feitas a ação permanece indeterminada de seu ponto de vista moral.

A corrupção não sofre dessa ambiguidade. Embora cada ação política sempre vise a tornar-se coletiva, depende essencialmente de esforços individuais.

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2 comentários:

Anônimo disse...

SAIU NO BLOG DO CLAUDIO HUMBERTO:

Serra pagou
R$ 400 mil por ‘eu
quero tchu, tcha’
Candidato a prefeito de São Paulo, o tucano José Serra pagou R$ 400 mil reais para usar a música “Eu quero tchu, eu quero tcha” como jingle de campanha, segundo a assessoria da dupla João Lucas e Marcelo, que apresentou o sucesso para o Brasil. O valor foi firmado com a gravadora Som Livre, que detém os direitos autorais. O jingle ”Eu quero Serra, eu quero já” foi apresentado na convenção PSDB-PSD, sexta.

Segundo assessoria da dupla, Serra está fazendo de tudo para ser o único a usar a música. A gravadora se nega a dar exclusividade

Anônimo disse...

Kákákákákákákáká....

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