Guerra na sucessão do Sebrae do RS pode acabar na Justiça

A qualquer momento poderá ser ajuizada ação própria com o objetivo de anular a eleição de sexta-feira no Sebrae do RS. Será questionada a vitória do presidente da Federação das CDLs, Vitor Koch. Ele só obteve a maioria (8 x 7) porque o presidente da Fapers, Rodrigo Motta, na última hora desonrou orientação do governo estadual e traiu o acordo que ele mesmo assinou poucas horas antes com os presidentes da Federasul, Farsul e Fecomércio.

. Os eleitores do presidente da Federasul, José Cairolli, que sofreu inesperada derrota por um voto, vão questionar o repasse de R$ 1,5 milhão feito 48 horas antes das eleições pelo Sebrae do RS para a Fapergs, dentro do programa Doutor na Indústria, lançado há um ano por Sebrae-Fapergs. O Sebrae é atualmente comandado pelo presidente da Fiergs, Paulo Tigre, e por Marcelo Lopes (Marcelo Lopes foi colocadono cargo por Dilma Roussef e nomeado por Tigre), o superintendente, que junto com Koch controlavam 7 dos 15 votos, precisando apenas do voto adicional de Rodrigo Mattos.

. O Sebrae do RS poderá ser acusado por abuso de poder econômico nas eleições.

. As alegações em juízo não ficarão por aí.

. O programa Doutor na Indústria foi lançado pelo Sebrae e pela Fapergs no dia 8 de dezembro do ano passado. A idéia é levar doutores para indústrias que faturem até R$ 2,4 milhões por ano. 1/3 do valor da bolsa de R$ 6 mil mensais sai das empresas e o restante é bancado por Sebrae e Fapergs. O programa todo envolve recursos de R$ 7,2 milhões.

- Até esta quinta-feira ao meio dia a governadora Yeda Crusius não tinha decidido demitir Rodrigo Mattos, que não a obedeceu e não honrou o açodo que ele mesmo assinou no dia anterior ao da eleição. Yeda foi convencida por auxiliares, segundo os quais o governo deve evitar turbulências no final do mandato. O presidente da Fapergs, sem mais ambiente algum dentro do governo, mesmo assim aferra-se ao cargo e não se demite. A alegação feita por ele, segundo a qual seu voto teve o apoio do Conselho, foi desmentida oficialmente.

CLIQUE no video ao lado, bem ao alto, com comentário do editor sobre o caso, inclusive a exposição do acordo redigido de próprio punho por Rodrigo Motta. O comentário e claríssimo e o documento é original. Ele está em poder do editor.