Até agosto do ano que vem, alguma coisa como 8,9 mil quilômetros de estradas federais e estaduais serão transferido para a iniciativa privada, que investirá em todas elas o valor nada desprezível de R$ 22 bilhões em melhorias, modernização e duplicação.
. Serão 24 novos trechos. Em todos, serão cobrados pedágios.
. O RS ficará fora do negócio, mas quer garantir os investimentos privados para melhorias, modernização e duplicação nas estradas atualmente concedidas. O projeto de ampliação do prazo para os atuais contratos de concessão está na Assembléia.
. O debate dentro e fora da Assembléia tornou-se novamente histérico, porque os opositores do pedágio preferem que o governo federal do PT e os governos dos demais Estados, concedam suas estradas para a iniciativa privada em troca de melhorias, mas não admitem isto no RS.
. No RS, as empresas com contrato querem investir R$ 1,4 bilhão imediatamente, já que não dependem de licitações. Isto representa 1/3 dos investimentos previstos pelo Duplica RS (as obras do Duplica RS estão listadas na proposta orçamentária que será votada na próxima terça-feira na Assembléia). O Duplica RS só tem sentido se duas leis forem aprovadas:
1) prorrogação dos contratos de concessões.
2) proposta orçamentária.
. A primeira licitação do governo Lula foi marcada para daqui a 14 dias. O governo do PT entregará as rodovias federais BR-324/BR-116 para a iniciativa privada. Ali, as empresas investirão R$ 1,9 bilhão. Em janeiro, o governo do PT licitará outras quatro rodovias, todas em Minas. Outras oito licitações foram agendadas para 20098 em cinco Estados (Bahia, Minas, Rio, São Paulo e Mato Grosso).
. O RS vai ficar de fora, na crença de que Papai Noel (dinheiro público) ou de que tem jantar de graça (sem pedágio) ? Há 20 anos os gaúchos convivem com uma estrada caótica, bandida, atrasada, o trecho Porto Alegre-Novo Hamburgo da BR-116, por onde passa 40% de toda a economia do RS, simplesmente porque lhe enfiaram na cabeça que Papai Noel existe e os jantares podem ser gratuitos. Esta estrada estrangula a economia, mata e transtorna milhares de gaúchos todos os dias.
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