A boa notícia é que o governo Lula já não acha mais que a crise financeira global não é mais “um problema do Bush”, mas um problemão para todos os governos, inclusive o seu.
. Já estão sob ocorrendo ou sob ameaça: 1) as vendas (a venda de carros usados caiu entre 10%a 30% em outubro e a de carros novos registrou queda de 6,62% no mesmo período) . 2) os empregos. 3) os investimentos públicos, tipo PAC (a arrecadação federal despencou nos últimos 15dias).
.Isto tudo significa retração. O PIB não será mais o mesmo, mas este ano o crescimento de 5% já está garantido. Ele será de menos de 3% no ano que vem, com inflação (preços em alta) maior.
. Isto posto, dá para saudar as ações do governo no sentido de privatizar dinheiro público, via bancos (se os bancos não irrigam a economia com dinheiro, a economia pára) para socorrer as empresas das seguintes áreas:
- Indústrias que exportam e não conseguem recursos para fechar o câmbio.
- Os próprios bancos, que não querem arriscar seu próprio dinheiro em financiamentos para as empresas e para os consumidores.
- Produtores rurais, grandes e pequenos, assombrados com o tombo das cotações de commodities e a drástica redução da comercialização.
. É só o começo.
. O governo Lula ainda não sabe o tamanho do rombo, mas mudou o discurso e a postura diante dos fatos que atropelaram sua retórica ufanista.
. Já estão contingenciados: 1) o crédito(também mais caro). 2) os novos investimentos.
. O governo Lula poderá fazer mais ? Terá que economizar (cortar custeio e investimentos). Mas não é só.
. Pode-se esperar mais ações, algumas delas dramáticas, na área financeira, mas não aumento de juros, talvez antes mesmo da próxima reunião do Copom, agendada para o dia 25).
- Nesta segunda, os mercados abriram em alta (a Bolsa de SP subiu bastante) e dos US$ 2 bilhões leiloados para os bancos pelo Banco Central (para financiar exportações) apenas US$ 700 milhões foram tomados.
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