Datafolha: Fogaça deve ser o 1º prefeito reeleito de Porto Alegre

Clipping/ Folha de S.Paulo
26/10/2008


Segundo a última pesquisa do instituto Datafolha, a candidata Maria do Rosário (PT) tem 43% dos votos válidos e José Fogaça (PMDB), 57%; só 6% dos eleitores afirmam que ainda podem mudar os votos.

Se as projeções das pesquisas eleitorais forem confirmadas pelas urnas neste domingo (26), José Fogaça será o primeiro prefeito reeleito em Porto Alegre e sairá como o principal nome do PMDB para disputar o governo do Rio Grande do Sul ou o Senado em 2010.

Fogaça acusa os petistas, que o antecederam em quatro gestões seguidas, de terem criado problemas para a cidade por serem sectários.

"O PT transferia a culpa de tudo ao governo Fernando Henrique. Fazia uma linha adversarial e não dialogava. Não foi meu caso, porque quem não faz isso não governa. É questão de postura política. Não é de subserviência, porque nunca fui subserviente ao Lula, mas é a de convivência produtiva."

Como em 2004, Fogaça chegou ao segundo turno como a opção do antipetismo na cidade. Sua coligação original, composta por PDT e PTB, siglas que apóiam o governo Lula, ganhou apoio de legendas da oposição, como o PSDB da governadora Yeda Crusius e o DEM.

Três anos depois do mensalão, o PT ainda sofre em Porto Alegre os efeitos da maior crise vivida pelo governo Lula, mesmo que o presidente atinja hoje índices recordes de aprovação. Somado a isso, os petistas colheram neste ano isolamento político por tratar PSB, PC do B e PDT como coadjuvantes de suas administrações na capital e no governo do Estado.

A candidata Maria do Rosário (PT) reconhece que esses problemas tiraram votos de seu partido em reduto que foi comandado pela sigla por 16 anos.

A chamada "maré vermelha", que marcou campanhas do PT com a cidade tomada por militantes voluntários com bandeiras, não ocorreu neste ano. Para Rosário, a descrença e a incapacidade de gerar emoção tiraram das ruas esse elemento.

Mais do que o mensalão e o isolamento, foram declarações como "tu não podes votar numa guria de 27 anos" e "ela é filhinha de papai, nunca fez nada na vida", em que se referia à candidata Manuela D'Ávila (PC do B), que causaram a Rosário a maior dor de cabeça da campanha. Sobre o episódio, a petista disse que lhe causou problemas políticos e espera que a comunista a tenha desculpado. "Eu estava em uma conversa pessoal, foi uma brincadeira com amigos da comunidade."

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