Manuela e Bordignon: duas ações polêmicas na campanha eleitoral

OPINIÃO DO LEITOR

As duas notas a seguir, de Zero Hora de hoje, demonstram a precariedade de certas candidaturas e a precariedade de alguns Partidos. Dá uma olhada. Luiz Viegas, Porto Alegre, RS.

Pisando em ovos
Uma decisão da juíza eleitoral Marluce da Rosa Alves demonstra o clima de incerteza da campanha eleitoral em Gravataí.A juíza indeferiu na terça-feira um pedido do prefeito Sérgio Stasinski (PT) para exibir outdoors alusivos à Semana da Pátria e à Semana Farroupilha. Conforme a magistrada, em Gravataí, é preciso cautela com a propaganda da prefeitura, já que "situação sub judice" do pré-candidato do PT, o deputado Daniel Bordignon, "cria insegurança e gera expectativa de tentativa de reeleição do atual prefeito".Bordignon teve sua candidatura indeferida e aguarda recurso ao TSE.
ENTRE DUAS MULHERES
Preocupada com o zunzunzum de que o presidente Lula viria ao Estado para apoiar a petista Maria do Rosário em Porto Alegre, a deputada Manuela D'Ávila aproveitou um evento do qual o presidente participou ontem, ao meio-dia, e o interpelou:– Presidente, eu vim lhe fazer uma pergunta. Não é verdade que o senhor vai para Porto Alegre, né?– Já falei que eu não vou – teria respondido Lula.– O senhor sabe que sou uma mulher ciumenta, presidente – brincou a comunista, fazendo o presidente rir.– Eu já falei que não vou, não preciso repetir. Como vou me posicionar em Porto Alegre? – disse o presidente, que logo depois ganhou um beijo no rosto da candidata.Lula declarou apoio abertamente apenas a Marta Suplicy, em São Paulo.

Nota do editor - A cobrança feita por Manuela ocorreu em função de nota desta página sobre a decisão de Lula de apoiar Rosário em Porto Alegre, que é a candidata do seu Partido. Manuela é do PC do B, pertence à base, mas não é do PT, o Partido do presidente Lula. A nota sobre Gravataí é bem mais grave, porque aparentemente a juíza tenta proteger o atual prefeito, Sérgio Stasinski, de uma possível e futura impugnação, caso venha a ser candidato no lugar de Bordignon. A decisão não parece pertinente.