Não chegou a ser surpreendente a reunião que nesta segunda-feira protagonizaram dirigentes do PSoL e o vice-governador do RS, Paulo Feijó, um dos principais líderes do DEM no Estado, cujo objetivo final foi organizar uma lista de desaforos contra a governadora Yeda Crusius.
. O tom da carta de três laudas entregues a Feijó no Palacinho, sede do vice-governador, é a de afetuosos amigos e aliados, o que não deixa de ser esquizofrênico para líderes socialistas de extrema esquerda e um líder neoliberal de extrema direita.
. Na carta, com efeito, o PSoL percebeu qualidades nunca dantes apontadas por ninguém no RS, como a "sensibilidade política e social" do vice-governador, além dos seus "compromissos éticos já demonstrados".
. Eis a lista que o PSoL tirou do seu saco de maldades contra Yeda:
- O Partido quer que Feijó visite a Fase para resolver os problemas de "papel higiênico, sabão, toalhas e colchões para os internos", pedido prontamente atendido, já que o vice agendou visita de inspeção para esta quinta-feira de manhã. O vice gaúcho poderia resolver facilmente o problema, caso ainda fosse proprietário dos supermercados Econômico, mas acontece que vendeu a rede para o grupo multinacional Sonae.
- O PSoL também quer que Feijó mande Aod pagar imediatamente R$ 40 milhões que o governo estadual "deveria" para a prefeitura de Porto Alegre, mas o Partido não sabe a origem da dívida e nem se ela existe mesmo, embora tenha ouvido falar a respeito.
- A questão número 3 diz respeito à segurança, cuja solução estaria na abertura imediata de concurso para brigadianos, o que ocorreu na semana passada por ordem da governadora Yeda Crusius, embora o PSoL desconheça.
- As quarta e quinta questões, dizem respeito à própria Yeda: a) mandar o Banrisul cobrar o que deve ao banco o sr. Eduardo Laranja, que vendeu a nova casa da governadora, embora o banco esteja cobrando o débito até mesmo em juízo. b) vetar o aumento de salários de Yeda e dos seus secretários (o PSoL nem sabia que o projeto já foi sancionado pela própria Yeda, antes de viajar) , "muitíssimos superiores a qualquer trabalhador", mas mantendo, claro, salários iguais e até maiores percebidos pela sua principal líder no Estado, a deputada Luciana Genro, e pelos deputados estaduais, conselheiros do Tribunal de Contas, procuradores do Ministério Público Estadual e desembargadores do Tribunal de Justiça, até porque o PSoL nunca achou que eles estivessem ganhando muito.
. O PSoL e o vice Paulo Feijó jogam de mão desde que o vice tomou a iniciativa de "informar" seus conhecidos sobre a compra da casa de Yeda, isto no primeiro mês da nova administração.
. Esta página tem cópia da carta entregue a Feijó pelo PSoL, o que não se deveu a investigações feitas pela Kroll, mas ao próprio esforço do editor.
As informações sobre o caso estão no site
http://por-outrolado.blogspot.com:80/
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