Artigo, especial - Jogo no Brasil: hipocrisia da lei e da gestão governamental

Dagoberto Lima Godoy é advogado, escritor e engenheiro, ex-presidente da Fiergs e ex-representante do Brasil na OIT.

O Brasil vive um paradoxo gritante: cassinos seguem proibidos e o “bicho” é contravenção, mas as apostas digitais ocupam telas, camisas e estádios. A medicina já consolidou o diagnóstico: transtorno do jogo é adição comportamental, associada a ansiedade, depressão e risco de suicídio. 

Diante desse quadro, falar em  “entretenimento” sem considerar o dano é mascarar o problema. Licenciar, tributar, impor salvaguardas mínimas e manter o setor  operando  — é incoerência e chega a hipocrisia. Quando o produto depende do prejuízo repetido de muitos — com design viciante, publicidade agressiva e acesso 24/7 — a regulação pró-mercado vira cosmética: melhora a vitrine, mas preserva o motor do dano. 

Se a prioridade é saúde pública, reduza-se a oferta e a acessibilidade; se a prioridade é receita, que fique ...

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2 comentários:

Anônimo disse...

Baita artigo. Esses jogos, especialmente os virtuais, viciam e tornam os jogadores verdadeiros zumbis. Já vi exemplos de pessoas humildes torrarem seus poucos recursos nos "tigrinhos" e deixarem de pagar suas despesas familiares.
Muito triste.

Anônimo disse...

Nessa questão e em relação às drogas também o MAL menor é legalizar mantendo os negócios, embora tocados pela iniciativa privada, sob as rédeas do estado e com arrecadação de impostos. O resto é hipocrisia.

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