Opinião do editor - A Justiça não tem nada que se meter em ações executivas de combate ao crime

O ministro Alexandre de Moraes disse, ontem, durante seminário sobre o crime organizado, São Paulo, que a Justiça não está cumprindo a sua parte no combate ao crime, mas quando se esperava que ele fizesse uma autocrítica e confessasse a morosidade nos julgamentos e até a leniência nas audiências de custódia, bem como na usurpação de poderes legislativos por parte das cortes superiores, ele defendeu ações de caráter executivo, o que nem de longe é facultado pela Constituição.

Moraes quer uma espécie de Polícia Judiciária para concorrer com órgãos como Polícia Federal, Polícia Civil, PMs e Gaecos a serviço dos Ministérios Públicos, agindo preventivamente.

 O ministro avaliou que os mecanismos da Justiça funcionam para punir, mas não de forma preventiva: 

- Houve grande evolução na legislação, mas a legislação é razoavelmente boa repressivamente, quando já se pegou o criminoso. Ou quando já se tem uma investigação. No restante, infelizmente, falta muito para a prevenção.

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