Os dados do balanço de pagamentos de dezembro, divulgados
ontem pelo Banco Central, reforçaram o cenário favorável das contas externas
brasileiras, com um déficit modesto na conta corrente e ingressos de
investimento direto no país ainda muito fortes. No mês, o saldo em transações
correntes foi negativo em US$ 815 milhões – déficit superior ao esperado pelo
mercado (US$ 300 milhões). O resultado é fruto de um superávit da balança
comercial, de US$ 6,2 bilhões e de transações unilaterais, de US$ 140 milhões,
que compensaram parte dos saldos negativos de serviços (- US$ 3,2 bilhões) e de
renda primária (- US$ 3,8 bilhões). Na conta financeira, o fluxo de
investimento direto no país (IDP) registrou ingresso de US$ 8,9 bilhões. A taxa
de rolagem da dívida externa, por sua vez, ficou em 87%, inferior aos 107%
verificados em novembro. Com isso, o déficit acumulado em conta corrente chegou
a US$ 14,5 bilhões (equivalente a 0,77% do PIB) em 2018, enquanto o ingresso de
IDP acumulou US$ 88,3 bilhões (4,7% do PIB) no período.
O mercado acha que esse
quadro confortável das contas externas será mantido neste ano, com um déficit
em conta corrente amparado por resultados ainda robustos das exportações.
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