Inflação do IPCA-15 (0,29% em novembro) aponta queda ainda maior dos preços

A inflação medida pelo IPCA-15 registrou alta de 0,19% em novembro, de acordo com os dados divulgados na última sexta-feira pelo IBGE.

Este resultado veio abaixo da mediana das expectativas do mercado (0,24%), corroborando um provável cenário deflacionário para o IPCA do mês. O recuo em relação a outubro, quando o índice avançou 0,58%, refletiu principalmente as desacelerações nos itens de transportes e de saúde e cuidados pessoais, a despeito do moderado avanço nos preços de alimentação e bebidas. Assim como observado nas últimas divulgações, o principal vetor do movimento baixista no grupo transportes – que passou de 1,65% para 0,31% – continuou sendo a gasolina, que se manteve com preços próximos à estabilidade este mês, contra uma alta de 4,57% no mês anterior, refletindo o arrefecimento do petróleo e do câmbio. No mesmo sentido, etanol e diesel também contribuíram para a queda. Já com relação ao grupo saúde e cuidados pessoais, que passou de 0,66% para uma deflação de 0,35% neste mês, os itens de higiene pessoal foram os fatores responsáveis por essa tendência. Contrabalanceando esses recuos, alimentação e bebidas registraram alta de 0,54%, contra 0,44% em outubro, refletindo a pressão altista dos preços de tomate, batata e cebola, principalmente. 

O índice agregado acumulou elevações de 4,39% nos últimos doze meses e de 4,03% neste ano, devendo manter trajetória de queda nas próximas divulgações.

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