O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, partiu
neste sábado para a ofensiva contra os opositores de esquerda antes de
importantes eleições no país, dizendo que a nação terá de escolher entre o
crescimento econômico e problemas similares ao da Grécia, conforme seu partido
caminha para o que promete ser uma das campanhas mais difíceis em décadas.
Rajoy, cujo partido de centro-direita PP foi derrotado em
recentes eleições locais, afirmou que a luta grega para evitar o calote e a
saída da zona do euro deve servir como alerta para a Espanha, onde movimentos
anti austeridade ganham corpo.
"Você não precisa ir muito longe para ver o quão fácil é destruir
uma recuperação", disse Rajoy em convenção de seu partido. "É essa a
mudança oferecida pelos novos partidos de extrema esquerda na
Espanha?"
O PP, que impôs duras medidas de cortes de gastos nos
últimos anos, considera-se a legenda que pode resguardar a recuperação
econômica espanhola. As eleições gerais devem ocorrer em novembro. Mas dúvidas recaem sobre a estratégia do PP
depois que de ter sido derrotado nas eleições locais de maio, quando os
eleitores preferiram partidos novos como o Podemos, que é de esquerda e nos
mesmos moldes do grego Syriza, e o Ciudadanos, mais aberto ao mercado
financeiro.
O alto índice de desempregados --ainda o segundo maior da
Europa, depois da Grécia-- e o aumento das desigualdades deixaram muitos
espanhóis céticos quanto à retomada do crescimento. Casos de corrupção também
prejudicaram a imagem do PP.
"O que acontece (na Grécia) hoje? Eles voltaram à
recessão", argumentou Rajoy. "Tomara que neste fim de semana o
governo grego finalmente chegue a um acordo com as instituições europeias, mas
isso não vai reparar os danos que causou.
Um comentário:
Só o que faltava ele pregar a saída do seu partido ou própria do governo da Espanha. Ele só elegeu um motivo pq a Espanha tá mal das pernas tanto quanto a Grécia. Só que a Grécia botou um basta, ou seja, chega da população pagar. Para quem não sabe, entre outras medidas austeras do governo grego, anterior ao atual, os salários dos aposentados foram reduzidos para a metade e não resolveu nada. Se continuar nesse honda, o grego vai ter que pagar para trabalhar.
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