No artigo a seguir, publicado em Zero Hora desta sexta-feira, o presidente da Fiergs, Heitor Muller, geralmente alinhadíssimo com os governos Dilma e Tarso, repõe um pouco de racionalidade às declarações ufanistas e falsas do Piratini, que comemorou como vitória na Copa o resultado do PIB do segundo trimestre. Ele demonstra que não é nada disto, mas ainda tangencia duas das três questões principais que estrangulam a economia gaúcha, mas ataca uma delas, a desordem das contas públicas, o que impede investimentos nas infraestruturas material e social. Heitor Muller, o presidente da Fiergs, não fala sobre os dois outros gargalos: 1) a necessidade imperiosa de espraiar de modo avassalador a irrigação no campo e as demais ações que inibam a ação deletéria do clima inconstante, garantindo produções sustentadas. 2) a vital decisão de mudar o paradigma industrial gaúcho, livrando-o do peso fortíssimo da indústria tradicional na composição da produção fabril do Estado. Leia o artigo:
Enquanto foi amplamente divulgado o crescimento de 15% do
PIB do Rio Grande do Sul no segundo trimestre de 2013, frente ao mesmo período
de 2012, a indústria de transformação se expandiu apenas 3,9%. Portanto, a
realidade setorial é bem diferente do que a generalização estatística.
O resultado positivo não transforma a conjuntura, que é
de baixo crescimento. A recuperação da nossa economia está em curso, porém,
temos que ter claro que o “Pibão” só aconteceu porque a base de comparação no
ano passado é extremamente deprimida, por conta da estiagem, e pelo recente e
extraordinário desempenho da soja e do milho, que puxaram o índice, podendo
levar a uma percepção errada de que estamos vivendo uma retomada repentina,
robusta, e sustentada.
Nos últimos 10 anos, crescemos, em média, um ponto
percentual a menos do que o país. O Estado avançou 28,3% entre 2003 e 2012,
enquanto o Brasil se expandiu 42,1%.
CLIQUE AQUI para ler tudo.
Um comentário:
Pra ver só: Britto em 94 (!) tentou mudar o item 2 e foi fustigado pela oposição e não contou com o próprio partido em sua defesa.
Postar um comentário