Justiça de Brasília proíbe entrevista de Carlinhos Cachoeira para a Folha de S. Paulo

* Clipping Carlos Brinckmann

A Folha de S. Paulo conseguiu aquilo que todos querem: o bicheiro Carlinhos Cachoeira, cujo bicho favorito deve ser o polvo, com seus vários tentáculos, espalhados pelo mundo político em todo o país, concordou em dar uma entrevista.

Todos queriam? Não: há quem prefira apenas, deliciado, ouvir seu silêncio. Já imaginou se ele desanda a contar quais são suas ligações com os múltiplos partidos, ou quem é seu amigo na política, além do já cassado Demóstenes Torres? Se o silêncio é de ouro, a palavra é de prata - de prata, como aquela bala fatal.

O fato é que, por motivos estritamente jurídicos, a entrevista foi proibida. Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Brasília, os presos só podem, pela Lei de Execuções Penais, receber seu advogado e parentes. "Compete à Vara de Execuções Penais fazer observar os direitos do preso tanto quanto garantir a estabilidade do sistema penitenciário local", informa. Direitos do preso? Mas não é o próprio Carlinhos Cachoeira que concordou em falar?

Sim, foi ele; mas, segundo a assessoria do TJ-DF, "nada justifica a sua escolha pontual por um veículo específico da imprensa". Mas deve haver algo que justifique sua escolha: a reconhecida credibilidade do jornal, por exemplo. Ou, talvez, por ter sido a Folha o primeiro jornal a solicitar a entrevista. Outra possibilidade? Talvez a Folha lhe tenha garantido uma entrevista gravada, do tipo perguntas e respostas, a ser publicada na íntegra, sem qualquer tipo de edição.

Um dia, Carlinhos Cachoeira terá de falar. Por que não agora?

11 comentários:

Anônimo disse...

Não gosto da idéia de dar mais visibilidade para este sujeito.
Acho que já temos criminosos demais posando de estrela neste país.
Agora, se esta entrevista for mesmo reveladora, que venha.

Anônimo disse...

Ele teve a oportunidade de falar na CPI, porque não falou?...

Anônimo disse...

A mídia amiga não dá voz a tantos pelo Brasil a fora. E tem gente que ainda acredita na isenção e competência do judiciário brasileiro, colocando-o acima do executivo e legislativo. Nada mais fora da realidade. Como dizia Euclides da Cunha, os poderes da República estão podres.

Anônimo disse...

mas tao loucos???

só nessepaiz um cara preso fica concedendo entrevistas...

essepaiz eh absolutamente descabido, todo tipo de absurdo acontece nesse lugar...

se quer falar que vá a CPI e abra o bico e não fique resmungando ao lado do dotô adEvogado...

Anônimo disse...

O momento de falar não é agora, pois poderia acrescentar mais uma mancha onde já existe o mensalão.

Glauco Fonseca disse...

Se a Folha quiser, derruba esta determinação ainda hoje. No Blog do Lauro Jardim, a frase do Cachoeira é a seguinte: "A CPI leva o meu nome...é claro que vou até lá e falar".
Agora, a realidade: A gente tem visto que NADA acontece; quem diz que vai falar não fala e quando fala nada se aproveita. Coisa triste a gente já ter vivido uns aninhos...

Anônimo disse...

Ao anonimo das 13:08, ele tá preso mas não foi condenado. Por que ele não pode falar para a mídia? Quem teme que ele se manifeste publicamente?
Que ele faz parte da escória que manda neste país, qualquer um sabe. Por que ele não pode usar dos mesmos instrumentos (mentira, desfaçatez, etc.) que outros "próceres" brasileiros usam rotineiramente?

Anônimo disse...

Marcos Cavalcante, irmão de Marcelo

Bem lembrado, anônimo das 12h37.

Da mesma forma que a "mídia amiga" nunca quis ouvir a versão da família Cavalcante, preferindo sempre dar ouvidos à recém falecida "viúva-alegre", pega diversas vezes em contradições e mentiras, mas que jamais fora cobrada por isso tanto pela imprensa gaúcha como pelas “investigações” da Polícia Civil do DF e do MPDFT...

Qual seria o interesse maior da "mídia amiga" em não ouvir a versão da verdadeira família do Marcelo?

Parece que a única coisa que interessava àquela época à “mídia amiga” era denegrir a imagem da então governadora Yeda Crusius e, em contrapartida, facilitava e abria caminho para o então ministro Tarso Genro rumo ao Piratini.

Gostaria de sugerir aos colegas para, de alguma forma, cobrar dos grandes veículos de comunicação do Rio Grande do Sul o que tem a falar a família do Marcelo a respeito das "investigações" e, principalmente, do vergonhoso desfecho do caso.

Parece que a verdade do que aconteceu com o Marcelo nunca foi e continua sem ser o principal objetivo da parcial cobertura do caso, principalmente, pela grande mídia gaúcha...

Ainda dá tempo da “mídia amiga” ouvir a nossa versão...

Marcos Cavalcante, irmão de Marcelo

Anônimo disse...

porque em países civilizados presos não dão entrevistas!

só concedem "entrevistas" a quem interessa, para a policia!

condenado ou não, esta preso, e nessa condição não deveria ser permitido conceder entrevistas...

sem falar que teve o momento adequado para abrir o bico durante a CPI mas resolveu ficar calado...

Anônimo disse...

A direitalha elitista (PSDB, DEMos, PPS) deve estar apavorados.

Se Cachoeira falar o primeiro que cair é o Governador de Goias, Marcondes Pirillo do PSDB. DEMostenes caiu pela própria "boca".

Anônimo disse...

Alguém acredita que seja o Carlinhos Cachoeira que esta pagando 15 milhões de reais ao advogado ex-ministro da justiça como já foi divulgado?
Eu duvido.
Certamente tem muitos outros interessados em seu silêncio que estão pagando esta conta.
Alguém tem uma vaga idéia de quem seja?
Na matéria falaram em polvo.
Será mera coincidência?

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